Namíbia e Burkina Faso buscam aprendizado sobre agricultura familiar
Namíbia e Burkina Faso buscam aprendizado sobre agricultura familiar
Santiago Alcazar, novo embaixador do Brasil em Burkina-Faso, também visitou a Unidade, na quarta-feira (17) à tarde para colher informações sobre a atuação da Embrapa na África e compreender as formas de parcerias tripartites para transferência de tecnologias aos países africanos.
Hausiki, acompanhado dos diplomatas Hopelong Ipinge, embaixador da Namíbia no Brasil, Veiccoh Ngiwete, secretário de chancelaria, e Martin Andjaba, diretor do Ministério de Relações Exteriores da Namíbia, propôs uma visita técnica de pesquisadores da Embrapa à Namíbia. "Estamos à espera de experts. O próximo passo pode ser uma visita técnica e um intercâmbio de estudantes", salientou.
Sobre a atuação da Embrapa Cerrados, o ministro comentou que "a empresa tem uma visão não apenas acadêmica". Hausiki elogiou a metodologia de pesquisa participativa, adotada pelos pesquisadores da mandioca, e disse que "gerar resultados em parceria com os produtores é muito importante".
Os pesquisadores Fernando Macena, chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Cerrados, e Marília Santos Silva, articuladora internacional da Unidade, explicaram à comitiva como a Embrapa desenvolve pesquisas em conjunto com pequenos produtores e salientaram a importância de desenvolver alternativas técnicas de fácil aplicação para que o pequeno produtor diminua a dependência dos insumos externos.
A comitiva da Namíbia conheceu ainda os experimentos com mandioca no campo e tirou dúvidas sobre as variedades coloridas e açucarada. O pesquisador Eduardo Alano salientou como está sendo feita a seleção de variedades com potencial de produção de etanol, para consumo in natura e para produção de farinha. As variedades com mais folhagem na época da seca são selecionadas também para alimentação animal.
Embaixador planeja ações em Burkina Faso
O novo embaixador do Brasil em Burkina Faso, Santiago Alcazar, trocou idéias com os pesquisadores Marília Silva, Marcelo Nascimento de Oliveira e Eric Scopel (CIRAD – França) para formar um programa de cooperação com o país africano. "Trabalhamos a partir da demanda apresentada pelos agricultores", destacou Nascimento.
Para Salazar, a metodologia participativa é a mais adequada para compreender as necessidades dos produtores rurais de Burkina Faso. Inicialmente, o embaixador pretende estabelecer oficinas de trabalho na área de saúde e replicar a experiência em outras áreas, como a agricultura.
O embaixador pretende entrar em contato com um dos escritórios do Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (CIRAD), na África, instituição parceira da Embrapa, para discutir a possibilidade de Brasil e França desenvolverem projetos voltados para Burkina Faso.
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/