20/09/08 |

Arte e técnica são destaque no primeiro dia do Ciência para a Vida

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Suavidade, leveza, paciência e muita, muita atenção aos detalhes. Mas, também é preciso empatia com o modelo, saber escolher o que vai ser desenhado, compreender cada forma, cada variação de cor.

Para os participantes da primeira Oficina de Desenho Científico Frutos Secos do Cerrado, todas as recomendações do ilustrador Álvaro Nunes foram importantes – desde o manuseio da folha de papel até a melhor forma de segurar o lápis e o pincel, para não comprometer o resultado da obra.

O encontro – que reuniu alunos dos mais variados perfis e atividades profissionais – aconteceu neste sábado, dia 20, nas primeiras horas da VI Exposição de Tecnologia Agropecuária – Ciência para a Vida,  promovida pela Embrapa, em Brasília.

 "O Álvaro falou sobre coisas que eu não conseguiria perceber se ele não tivesse comentado", disse o estudante de design e estagiário da Embrapa Informação Tecnológica, Adão de Oliveira Lima, referindo-se à "matemática" das formas do fruto do buriti. "Esse foi o que escolhi, mas o professor disse que é bastante complexo para quem está começando. Mas, resolvi arriscar", brincou. Para o pesquisador Felipe Ribeiro -, autor de vários livros sobre o bioma, entre eles Cerrado: Ecologia e Flora -, foi a hora de "relembrar" as técnicas do desenho científico. "Já fiz ilustrações para algumas publicações, mas é sempre bom recordar", comentou.

A oportunidade de participar da oficina com um dos mais premiados e reconhecidos especialistas da área no Brasil e no exterior foi o que chamou a atenção também da desenhista Sâmela Lemos, que trabalha com arte gráfica no Ministério Público e estava em busca de informações sobre as técnicas da aquarela. "A oficina vai me ajudar a aperfeiçoar meus conhecimentos", disse, enquanto mostrava o araticum, fruto escolhido por ela para pintar. Para o estudante de Artes da Faculdade Dulcina, Evaldo Werberte, o desafio foi maior. "Pinto paisagens. Esse momento para mim é novo", admitiu.

Curiosidade e admiração

Para o público que visitava o Ciência para a Vida, a oficina chamou a atenção. Gente de todas as idades queria saber o que estava acontecendo e acabava não resistindo a uma paradinha para ouvir um pouco da aula de Álvaro Nunes e espiar o trabalho dos alunos.

"Nossa, que coisa perfeita!", comentou uma senhora, diante da mostra de aquarelas do livro Peixes do Pantanal – Manual de Identificação, feitas pelo ilustrador e também expostas no mesmo espaço da Praça da Criatividade.

A oficina, além de arte, transformou-se em local para reencontro de amigos, como foi o do poeta brasiliense Nicolas Von Behr com o ilustrador e o pesquisador Felipe Ribeiro. "Venho ao Ciência para a Vida todos os anos e o trabalho do Álvaro eu conheço há muito tempo, por causa dos livros da Embrapa", lembrou.

Além de autor de vários livros, Nicolas também é um apaixonado pela natureza e pelas belezas do cerrado. Além da poesia, a produção de espécies nativas do bioma é uma das atividades às quais mais se dedica, no viveiro Pau-Brasília, de sua propriedade.  

No domingo, dia 21 de setembro, será realizado o segundo dia da Oficina de Desenho Científico Frutos Secos do Cerrado, uma promoção da Embrapa Informação Tecnológica, a partir das 10h, com o sorteio de um exemplar do livro Peixes do Pantanal entre os participantes do curso.     Serviço: Oficina de Desenho Científico Frutos Secos do CerradoData: 21 de setembro Horário: das 10h às 13h e das 14h às 17hLocal: Ciência para a Vida Estande da Mostra Informação da PesquisaEmbrapa – Parque Estação Biológica, final da Av. W3 Norte

Kátia Marsicano –  03645 MTbEmbrapa Informação Tecnológica(61) 3448 4590katia@sct.embrapa.br

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/