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Gene Booroola no Ciência para Vida

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O Gene Booroola é uma das mais novas tecnologias desenvolvidas pela Embrapa Pecuária Sul – Unidade de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mapa – e tem como objetivo gerar animais mais reprodutivos, além de garantir a formação de uma progênie com estas características, em especial para as raças ovinas comerciais Corriedale e Texel. A tecnologia é liderada pelo pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Carlos Hoff de Souza.

O nome Booroola tem origem na língua dos aborígines australianos, onde a linhagem destas ovelhas prolíficas, encontradas em um rebanho Merino e batizadas com o nome da fazenda em que foram identificadas. Estes ovinos encontrados na localidade de Cooma, na Nova Gales do Sul, Austrália, destacaram-se por apresentarem alta freqüência de partos múltiplos. No Brasil, a linhagem foi introduzida pela Embrapa no final da década de 70. Durante os anos 90, passou a ser usada no país somente como modelo experimental para a implementação de estudos de fisiologia da reprodução realizadas pela Unidade de Bagé (RS).

A partir de 2001, o desenvolvimento de testes genéticos possibilitou o diagnóstico desta mutação. Em 2003, a Embrapa Pecuária Sul iniciou um programa de introgressão assistida desta mutação em rebanhos comerciais das raças Texel e Corriedale, com auxílio do CNPq e de criadores da região.

Carlos Hoff informa que após cinco gerações de retro cruzamento, estão disponíveis no mercado carneiros das raças Texel e Corriedale portadores da mutação Booroola, que oferece uma nova opção aos produtores comerciais, tendo como destaque o nível elevado de prolificidade, mantendo as características do rebanho original. "O uso das ovelhas Booroola em rebanhos comerciais tem o potencial de duplicar o número de cordeiros desmamados por ovelha acasalada numa mesma área pastoril. Contudo, este salto de produtividade depende da adoção, em paralelo, de maiores cuidados com o rebanho de cria e com os cordeiros recém nascidos por parte do produtor rural", salienta o pesquisador.

A tecnologia foi apresentada durante o I Simpósio sobre Inovação e Criatividade Científica na Embrapa, durante a Sessão de Painéis sobre o Estado da Arte e da Pesquisa, em Brasília DF. O seminário faz parte da programação de atividades do maior evento de pesquisa agropecuária do país, o Ciência Para a Vida – VI Exposição de Tecnologia Agropecuária, que está sendo realizado de 20 a 28 de setembro. Quem representou a Unidade neste evento foi o Chefe-Adjunto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Alexandre Varella.

Cristiane Betemps – MTB 7418 – RSbetemps@cppsul.embrapa.brColaboração: Estag. Marcelo Pimentaimprensa@cppsul.embrapa.br

Serviço :

 

VI Exposição de Tecnologia Agropecuária – Ciência para a Vida

A exposição Ciência para Vida está instalada na Sede da Embrapa, localizada no final da W3 Norte. O evento é aberto ao público e vai até o dia 28 de setembro. De segunda a quinta-feira: das 9 às 20 horas; de sexta-feira a domingo das 10 às 22 horas.

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/