As ações do projeto de Gestão Ambiental, na Embrapa Meio-Norte tem proporcionado bons resultados. Em quatro anos foram devolvidas mais de mil embalagens de agrotóxicos vazias à central de recolhimento, ligada ao INPEV – Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos. Em Teresina, a central está localizada na zona sudeste.

O coordenador do projeto no Piauí, pesquisador Carlos Antônio Ferreira de Sousa, faz um balanço entusiasmado das ações. Segundo ele, pelo menos 2,8 toneladas de resíduos de laboratórios e de campos experimentais já foram recolhidas, segregadas, acondicionadas e tiveram disposição final. E o destino de todo o material foi a incineração no estado de São Paulo.

O projeto tem um ângulo à capacitação e habilitação de pessoal para desenvolver atividades específicas. Vejamos: dezoito empregados da Unidade, na maioria motoristas, foram habilitados para o transporte de agroquímicos. Mais de  20 empregados foram também habilitados para o manuseio, armazenamento e aplicação de defensivos agrícolas.

O avanço no trabalho alcança também a  infra-estrutura. Foram construídos dois  depósitos de defensivos agrícolas, um em Teresina e outro no município de Parnaíba. Dois pontos de mistura de defensivos foram edificados  em Teresina, além de instalações sanitárias adequadas para o pessoal do campo. Há dois anos a Unidade em Parnaíba ganhou um depósito de fertilizantes e corretivos agrícolas. A previsão para este ano é a construção de outro depósito desse na capital.

Uma das conquistas mais importantes do projeto  no Piauí,  segundo o pesquisador, foi a implantação das normas para o gerenciamento de resíduos na Unidade. Elas foram sacramentadas a partir  da publicação da Série Documentos nº 119/05, com o título Gerenciamento de Agroquímicos e seus Resíduos na Embrapa Meio-Norte. A Série tem quatro documentos normativos. Eles têm como princípios básicos a proteção à saúde humana e a redução dos impactos ambientais, que surgem do manuseio e uso desses produtos.

A Embrapa Meio-Norte trabalha com quatro ações no projeto de Gestão Ambiental. São elas: educação ambiental, gerenciamento de resíduos de laboratórios e de campos experimentais, e um plano de manejo de fazendas experimentais. A empresa, com esse projeto em nível nacional, busca padronizar os procedimentos de gestão ambiental nas unidades descentralizadas, tanto em termos de normas como de infra-estrutura.

Em nível nacional, o projeto vai receber recursos do Plano de Aceleração do Crescimento – PAC na ordem de R$ 24 milhões para obras de infra-estrutura. Deste total, a Embrapa Meio-Norte já recebeu R$ 400 mil. O projeto, que vai até 2010, tem a participação de 33 unidades descentralizadas.

Fernando Sinimbu (654 MTb/PI)Contatos:(86) 3089-9118 fernandosinimbu@cpamn.embrapa.br