06/11/08 |

Ministros defendem biocombustível para alavancar desenvolvimento do Estado

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"O biodiesel tem sustentação forte no Rio Grande do Sul, não apenas neste momento de crise, mas pela produtividade, que garante, também ao Brasil, a capacidade de ocupar mercados, a partir da diversificação de culturas e da inclusão social", anunciou a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no encerramento do Simpósio Estadual de Agroenergia e 2° Reunião Técnica Anual de Agroenergia, no final da tarde desta quinta-feira (6), em Porto Alegre.

O evento foi promovido Embrapa Clima Temperado, Emater/RS-Ascar, Fepagro e Sistema Fiergs e reuniu mais de 200 pessoas, entre pesquisadores e técnicos.

Dilma Rousseff destacou que o Governo Federal está analisando os estudos apresentados para o Zoneamento Agroecológico da Cana-de-açúcar. "Seguramente vamos estabelecer diálogos com a sociedade, considerando as áreas de preservação permanente (APPs) e a garantia da produção de alimentos", observou a ministra-chefe, ao antecipar que o Zoneamento será Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, de de 17 a 21 de novembro.

O encerramento do Simpósio em Porto Alegre também contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, que, ao lado do presidente do Sistema Fiergs, Paulo Tigre, e da presidente do Instituto Euvaldo Lodi (Iel-RS), Elisabeth Urban, assinaram termo de cooperação com o objetivo de implementar projetos voltados à diversificação produtiva na pequena propriedade rural.

Também participaram da solenidade o diretor de Desenvolvimento Agrícola e de Suprimento da Petrobrás Biocombustíveis, Miguel Rosseto, o presidente da União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio), Odacir Klein, o presidente da Emater/RS, Mário Augusto Ribas do Nascimento, o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Waldir Stumpf Jr, o chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Clima Temperado, Clênio Naiton Pillon, entre outras autoridades e representantes de organizações e entidades.

Desafio energético

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, afirmou que o desafio é construir uma matriz energética, fundamentada na produção de alimentos, na segurança alimentar e na sustentabilidade ambiental.

"No Rio Grande do Sul o cenário de desenvolvimento de etanol e de biocombustíveis é favorável porque a agricultura familiar é relevante para a economia", salientou Cassel, ao citar que 440 mil famílias são responsáveis por cerca de 27% do PIB do Estado. "É uma agricultura forte, produtiva e vinculada a políticas públicas, ou seja, temos todas as condições de prosperar rápido, produzindo alimentos e bioenergia".

Novas Cultivares

Na parte da manhã, uma mesa-redonda sobre biocombustível como fator de desenvolvimento, teve a presença do diretor de Desenvolvimento Agrícola, Suprimento e Comercialização da Petrobrás Biocombustíveis, Miguel Rossetto, do diretor do Departamento de Financiamento e Proteção da Produção da Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Arnoldo de Campos, e do representante da Fetag, Nestor Bonfanti.

À tarde, no painel sobre os Cenários Prospectivos da Cadeia Produtiva de Biocombustíveis no RS foi apresentado o Projeto Biocombustíveis no Estado, pelo coordenador executivo do Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção e Sistemas da Unisinos, Guilherme Vaccaro. Segundo o especialista, há no Rio Grande do Sul e no Brasil uma matéria-prima economicamente atrativa para o biodiesel, mas eventualmente dissociada da produção agrícola tradicional. "A soja continua sendo o produto mais atrativo para os produtores, pois esses já dominam a tecnologia, têm preços e mercados garantidos", disse.

A introdução de novas cultivares enfrenta barreiras junto aos agricultores. Vaccaro disse que o potencial agrícola do RS representa, ao mesmo tempo, uma oportunidade e um desafio para a produção de biodiesel. O estudo mostra indícios de que o alinhamento dos seguimentos da cadeia poderá alavancar ações com vistas à sustentabilidade e à competititvidade nos próximos anos, e também identifica a política pública, especialmente federais, para o desenvolvimento da cadeia produtiva do biodiesel no Estado, no curto e médio prazo.

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Embrapa Clima TemperadoChristiane Rodrigues Congro Bertoldi53-3275-8113congro@cpact.embrapa.br

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