A Sessão de Comentários Finais do Workshop Internacional sobre Inovações Metodológicas em Avaliação de Impactos da Pesquisa Agropecuária, em Brasília (DF), foi presidida pelo diretor executivo do Conselho Científico do Grupo Consultivo Internacional em Pesquisa Agropecuária (SC-CGIAR), Ruben Echeverría. Ele manifestou que seu objetivo nos próximos anos é ampliar os investimentos em novos indicadores e formas de medida na avaliação de impacto.

Em seguida, o presidente da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural (Sober), Joaquim Bento S. Ferreira Filho, constatou que há efetivamente um grande campo para a integração das pesquisas em avaliação de impacto e a sua tradução em aplicações práticas, especialmente com o grande aumento da capacidade de computação dos equipamentos.

Já Hélio Tollini, da Secretaria de Gestão e Estratégia da Embrapa, fez um alerta sobre o esforço do CGIAR e da Embrapa de desenvolvimento de metodologias de avaliação de impactos, para que não se criem "carreiras" de desenvolvedores de métodos de avaliação de impacto enquanto tais atividades ficariam melhor alocadas nas universidades e demais instituições de ensino superior.

O diretor da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA-SP), Orlando Melo de Castro, ressaltou a importância do desenvolvimento pelas organizações de pesquisa agropecuária de critérios para avaliação das tecnologias geradas e demonstrar seus impactos para justificar a realização destes investimentos.

Para Melo de Castro, a APTA-SP tem interesse e vai aproveitar as metodologias já criadas e desenvolver tecnologia própria para avaliações de impacto de seus diversos programas de pesquisa, ensino e extensão.

Estes programas envolvem desde cursos de pós-graduação, em cooperação com universidades paulistas, até serviços de extensão rural, com a CATI, e programas de pesquisa agropecuária onde São Paulo tem tradição, como os de café, feijão, arroz, laranja e cana-de-açúcar, e até tecnologias e o processamento de alimentos.O objetivo será demonstrar a importância e a validade da organização.

Por fim, Flavio Ávila, da Secretaria de Gestão e Estratégia da Embrapa, agradeceu a presença de todos os palestrantes, debatedores e participantes do workshop. Além disso, ratificou que a avaliação de impacto é uma área que tem desafios metodológicos ainda por enfrentar e, que para superá-los será fundamental que a Embrapa desenvolva projetos em parceria com outras instituições, em especial aquelas presentes no evento (centros do CGIAR, oepas, países da rede "RedInnova" (Argentina, Cuba, Equador, Chile, México, Nicarágua e Uruguai) e centros de excelência presentes no evento (ACIAR – Austrália, ERS/USDA – USA, NCAP – Índia, Fundação Gates – USA, Centro Basco de Mudança Climática – Espanha, Unicamp e ESALQ, entre outros).

Roberto Penteado (DRT 220/DF)Secretaria de Gestão e Estratégia - EmbrapaTelefone: (61) 3448-4187E-mail: roberto.penteado@embrapa.br