12/11/08 |

Palestrantes discutem avaliação de impactos no meio ambiente

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A avaliação dos impactos da atividade agropecuária no meio ambiente foi um dos temas da primera manhã do Workshop Internacional sobre Inovações Metodológicas em Avaliação de Impacto da Pesquisa Agropecuária, que ocorre em Brasília (DF) até a próxima sexta-feira (14). No painel "Inovações Metodológicas de Pesquisa em Impacto de Gestão Ambiental e  Recursos Naturais", foram apresentados dois papers sobre o assunto.

O primeiro deles foi apresentado pelo engenheiro agrônomo Jamil Macedo, secretário executivo do Programa Cooperativo de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Agrícola para os Trópicos Sulamericanos. Ele abordou a avaliação dos impactos da pesquisa em gestão ambiental na região amazônica.

Segundo ele, com o problema da fome no mundo, a pressão para que a agricultura avance sobre a floresta amazônica se intensificou. Por isso, é preciso investir em soluções como a integração da floresta com a agricultura e a pecuária. "Essas alternativas disponibilizam novas áreas, evitando que a fronteira agrícola continue avançando na direção da floresta", comentou.

APOIA-Novo Rural

Em seguida, Cláudio Buschinelli, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna - SP), apresentou a Avaliação Ponderada de Impacto Ambiental de Atividades do Novo Rural (APOIA-NovoRural). O sistema integra 62 indicadores de diversas dimensões da sustentabilidade, como os ecológicos, os econômicos e os sócio-culturais.

Os dados são coletados em campo e por meio de entrevistas com os empreendedores rurais. Com eles, são elaboradas planilhas e se calcula a posição numa escala de 0 a 1, sendo que estão adequadas as propriedades que se posicionarem acima de 0,7. Com esses resultados, é possível indicar medidas para melhorar o manejo e reduzir os impactos ambientais da atividade agrícola naquela área analisada.

Debate

Para Steve Franzel, pesquisador do World Agroforestry Centre, os trabalhos apresentados no painel foram bem complementares, já que o primeiro mostrou a problemática de forma mais conceitual e o segundo apresentou um resultado prático que pode ser usado para amenizá-la. "É importante dar mais possibilidades para as comunidades que moram perto das áreas de floresta, para que elas tenham alternativas e não partam para o desmatamento", ponderou.

Já o pesquisador Geraldo Stachetti, do Labex Europa, chamou a atenção para a necessidade de ampliar o alcance das soluções apresentadas. "A gente consegue avaliar os produtores um a um, mas qual a capacidade para avaliar o Brasil ou determinadas regiões?", questionou. "Essa mudança de escala é o nosso maior desafio", disse.

Vitor Moreno (DRT 38057/SP)Assessoria de Comunicação Social – EmbrapaContatos: (61) 3448-4039vitor.moreno@embrapa.br

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/