Dilma destaca trabalho da Embrapa em agricultura tropical
Dilma destaca trabalho da Embrapa em agricultura tropical
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, afirmou na tarde desta segunda-feira (17), que a liderança brasileira na produção de biocombustíveis, em especial etanol, há mais de 30 anos, dá ao Brasil a possibilidade de cooperar com países de clima tropical para seguirem o mesmo caminho, de priorizar o uso de fontes limpas de energia, além de gerar emprego e renda. A afirmação foi durante a cerimônia de abertura do Congresso Internacional sobre Biocombustíveis: os biocombustíveis como vetor de desenvolvimento sustentável, que se realiza em São Paulo até quarta-feira( 19).
Segundo a ministra-chefe, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), tem grande parcela de contribuição para o atual estágio da política de biocombustíveis, pois desenvolveu tecnologias para o mundo tropical.
"Temos capacidade de produzir biocombustíveis a partir de oleaginosas e temos o etanol", falou Dilma a uma platéia de cerca de 3 mil pessoas, entre as quais 92 delegações estrangeiras.
A ministra fez questão de frisar aos diferentes grupos presentes ao evento, que o governo brasileiro está concluindo o zoneamento agroecológico para a cana-de-açúcar. Para um público ávido por explicações sobre a posição brasileira quanto à área destinada à produção de alimentos e de biocombustíveis, ela enfatizou: "no Brasil o etanol não compete com alimentos".
Outro ponto de preocupação da comunidade internacional, de que o plantio de cana no país avançaria na Amazônia e Pantanal, foi também rechaçado pela ministra-chefe. "O zoneamento agroecológico vai bloquear áreas consideradas inadequadas e, entre elas, estão a Amazônia e o Pantanal, além de regiões com vegetação nativa. "Nós não temos motivos para plantar em regiões como estas", garantiu a ministra. "Além disso, acrescentou, a Amazônia está a uma distância de dois mil quilômetros dos canaviais".Por outro lado, Dilma apelou às lideranças de países desenvolvidos que entendam a produção de biocombustíveis não apenas como fonte limpa de energia, mas também como fonte de emprego e renda para os países pobres da América Latina, do Caribe e da África.
Agenda verdeSegundo ela, o governo brasileiro entende os limites de área que os países europeus, por exemplo, têm. Mas, por isso mesmo eles devem se valer de tecnologias combinadas com a segunda geração - como a utilização de celulose dos resíduos agrícolas - e não pensar em limitar a produção de biocombustíveis. "Somos referência mundial na produção de bioenergia, na produção de sementes, mesmo sendo um país produtor de petróleo. Para nós, a cana produzindo etanol e as oleaginosas produzindo biodisel são um imperativo. E não estamos fazendo isso por falta de petróleo. Mas por uma questão ambiental", reforçou Dilma Rousseff.
Ela fez questão de lembrar a platéia internacional que desde a adoção do etanol, em 1973, o país evitou a emissão de 800 milhões de toneladas de carbono. E acrescentou: "o etanol não compete com os alimentos e ocupa só 0,5% das terras cultiváveis brasileiras, o que corresponde a 4 milhões de hectares.
Ao encerrar a cerimônia do congresso, que tem plenárias aberta ao público até quarta-feira (dia 19), Dilma Rousseff observou que, se há preocupação com o atual momento de crise econômica mundial, por outro lado, é interessante que os políticos dos países desenvolvidos passem a trabalhar numa agenda verde, que insira a produção de biocombustíveis como prioridade.
Além da ministra Dilma Rouseff participaram da abertura do congresso os ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes; de Minas e Energia, Edson Lobão; do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge; da Ciência e Tecnologia, Sérgio Resende. Também estavam na cerimônia o governador de Sao Paulo, José Serra, e subsecretário-geral de Energia e Alta tecnologia do Itamaraty, embaixador André Amado.
Na terça-feira (18), a Plenária II começa às 9hs30min e o assunto será biocombustíveis e mudança do clima. O congresso ocorre no Grand Hyatt Sao Paulo e é organizado pela Casa Civil e pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Deva Rodrigues( (MTb 5297/RS)Assessoria de Comunicação SocialContatos: 61 34484015
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