27/11/08 |

Rio de Janeiro sedia feira de agricultura familiar

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

Barraginhas, adubação  verde, integração lavoura-pecuária-floresta e  inoculação em leguminosas  são  algumas da tecnologias que  a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária apresenta na  5º Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária (Fenafra), a partir desta quarta-feira(26) até domingo (30), no espaço Marina da Glória, na cidade do Rio de Janeiro.

A feira, uma iniciativa do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA),  tem o objetivo de promover a agroindústria,  o artesanato e  o turismo,  produzidos pela agricultura familiar, além de propiciar um intercâmbio entre os agricultores expositores de todo o país e técnicos da área.Serão 460 estandes.

Evento consolidado

A Feira Nacional da Agricultura Familiar e da Reforma Agrária chega ao Rio de Janeiro como um evento consolidado. As quatro edições realizadas em Brasília (DF) reuniram 1.798 empreendimentos agroindustriais e artesanais, movimentaram R$ 40 milhões e proporcionaram, nas Rodadas de Negócios, acordos entre 290 empreendimentos da agricultura familiar e 164 compradores, entre redes de supermercados, hotéis e restaurantes.

Nas quatro edições, 335 mil pessoas visitaram os estandes, compraram e saborearam produtos e se divertiram com espetáculos e apresentações culturais.

A V Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária é realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), com patrocínio da Caixa Econômica Federal, do Banco do Nordeste, do Banco do Brasil, do BNDES, da Petrobras, da Eletrobrás, do Sebrae, da Abimaq, da Anfavea, da Fundação Banco do Brasil e da Ubrabio. Conta, ainda, com o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro; da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro; do Instituto Latinoamerica para o Desenvolvimento da Educação, Ciência, Arte e Cultura; e da Fundação Universitária de Brasília.

Resumos das Tecnologias da Embrapa que serão expostas  na V Feira de Agricultura Familiar e Reforma Agrária

Adubação Verde

A Adubação Verde é uma prática agrícola que consiste no plantio de espécies capazes de reciclar os nutrientes para tornar o solo mais fértil e mais produtivo. O uso de adubos verdes pode reduzir ou até eliminar o uso de fertilizantes nitrogenados, contribuindo assim para uma maior sustentabilidade da agricultura, garantindo a conservação de recursos naturais.

Cobertura Viva do Solo com Leguminosas Perenes

Uma das práticas da agricultura orgânica que merecem maior destaque é o uso de leguminosas perenes como coberturas vivas em pomares. As leguminosas são cultivadas entre as linhas das frutíferas, formando uma cobertura viva permanente do solo. Essas plantas trazem diversas vantagens, tais como: Protegem o solo contra a erosão;  Reduzem as perdas de nutrientes do solo;  Fixam nitrogênio do ar, transferindo-o para o solo;  Reduzem a quantidade de plantas espontâneas no terreno. 

Inoculação de Sementes de Leguminosas

Inoculante é todo material contendo microrganismos e que atua favoravelmente no desenvolvimento das plantas. O inoculante contém bactérias específicas para cada espécie de leguminosa.  Por este motivo, o inoculante preparado para uma leguminosa não pode ser utilizado em outras espécies.A Embrapa Agrobiologia produz, sob encomenda,  inoculante específico para 100 espécies de leguminosas: produtoras de grãos, para adubos verdes, forrageiras herbáceas, forrageiras arbustivas e espécies arbóreas.

Sistema Integrado de Produção Agroecológica (SIPA)

Em 1993, a Embrapa Agrobiologia  implantou o Sistema Integrado de Produção Agroecológica (SIPA), um local para a prática e o exercício de pesquisas em agricultura orgânica, em parceria com a Embrapa Solos, a UFRRJ, CTUR e PESAGRO-RIO.  A Fazendinha Agroecológica km 47  têm obtido grandes avanços  na identificação de cultivares adaptadas a sistemas orgânicos de produção, no desenvolvimento de substratos apropriados para a produção de mudas, na adequação do uso de leguminosas para adubação verde, de modo a maximizar o aproveitamento do nitrogênio fixado biologicamente, e no ajuste da técnica de plantio direto em sistemas orgânicos de produção de hortaliças, frutas e integração do sistema lavoura-pecuária com produção de leite, aves e ovos.

Vermicompostagem

 A minhocultura ou vermicompostagem começou a se expandir pelo mundo na década de 70 e a partir dos anos 80 e 90 passou a ser alvo de estudos pela comunidade científica. A Embrapa Agrobiologia pesquisa o assunto desde 1988 com finalidade de utilização na agricultura. A minhocultura, no entanto, tem várias aplicações e adapta-se muito facilmente tanto ao campo como ao meio urbano. Serve tanto para a produção de húmus como para a criação das minhocas. A comercialização de ambos pode complementar a renda familiar e contribuir para a reciclagem de rejeitos que poluem o ambiente.

Moirão Vivo

A divisão de pastos e a demarcação dos limites das propriedades representam alto custo tanto para os pequenos, médios ou grandes empreendimentos rurais. Antigamente, quando  madeira de lei era abundante, o custo do arame pesava mais. Hoje, o custo financeiro maior é do moirão. Além disso, gera impacto ambiental ne-gativo, porque é o principal causa-dor do quase desaparecimento de diversas espécies de madeiras de lei tais como a aroeira e a braúna. Pesquisas na Embrapa Agrobiologia desde 1984 tem procurado adaptar esta tecnologia para as condições brasileiras, visando a substituição das cercas tradicionais pela  utilização de moirões vivos. Tem-se procurado espécies de leguminosas arbóreas que, além de funcionarem como suporte ao arame, podem ainda adicionar nitrogênio à  pastagem.

Barraginhas

As barraginhas são mini-açudes que captam a água das chuvas. O diferencial da técnica é a conservação da umidade no lençol freático, favorecendo a revitalização de nascentes e possibilitando o uso dessa água nos períodos críticos de seca. Simples, as barraginhas são mini-açudes para captação da água de chuva. Poucas horas de trabalho de uma máquina do tipo pá carregadeira são necessárias para construir uma barraginha. Entre os benefícios diretos do sistema, estão a elevação do nível do lençol freático, o controle de erosões e voçorocas e o ressurgimento de vegetação ciliar.

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

Estima-se que mais de 80% das áreas de pastagens apresentam algum grau de degradação o mesmo acontecendo com as lavouras que sustentam ainda, práticas como a monocultura. Reverter esse quadro, aliando produtividade, renda ao agropecuarista e sustentabilidade ambiental tem sido um desafio. Neste contexto, a integração lavoura-pecuária representa uma alternativa das mais interessantes pois, além das vantagens econômicas, sociais e ambientais possibilita ainda a oferta de forragem para o período de seca, problema crônico da pecuária brasileira, e de palhada para o sistema de plantio direto que integra o portfólio das tecnologias promotoras da sustentabilidade agropecuária.

Artesanato com palha de milho

O artesanato com a palha de milho tem se tornado fonte de renda para as comunidades rurais mineiras. A Embrapa Milho e Sorgo avaliou acessos do Banco Ativo de Germoplasma de Milho quanto às características da palha para iniciar um programa de melhoramento que considere produção de grãos e qualidade da palha. Esse trabalho está sendo realizado em parceria com a Emater-MG e com as comunidades do Planalto de Minas, distrito de Diamantina e Cipotânea.

Desenvolvimento de sistema tecnológico para áreas com baixo potencial agrícola.

A tecnologia envolve o manejo de solos de áreas com tiomorfismo (solos sulfatados ácidos). Por meio  de uma rede de poços piezométricos os produtores serão capazes de identificar a altura do lençol freático, o que orientará o manejo do sistema de abertura e fechamento de comportas.

Compostagem em leiras estáticas com aeração natural

É uma técnica já consagrada e eficiente para o aproveitamento de resíduos agrícolas e dejetos animais na forma de composto orgânico para uso em horticultura, fruticultura e fabricação de substratos. A compostagem termofílica elimina sementes de ervas daninhas e patógenos presentes nos resíduos, viabilizando o uso agrícola do material.

Milho Caatingueiro

A variedade de milho BRS Caatingueiro foi desenvolvida para permitir um melhor aproveitamento das chuvas, irregulares no semi-árido. Sua superprecocidade permite a colheita em 90 (noventa) dias, com tetos de produtividade na região mais seca do semi-árido, que variam de 2 a 3 toneladas de grãos por hectare. A menor frustração de colheita com esta nova variedade pode gerar mais comida e menor fluxo de êxodo rural.Embrapa/SNT - Escritório de Negócios de Petrolina - Telefone: ( 87 ) 3862 2839

Feijão-caupi

O feijão-caupi, feijão-macassar ou feijão-de-corda é uma das culturas mais importantes do Nordeste do Brasil, tanto como fonte de alimento como geradora de emprego e renda. A cultivar BRS Marataoã embora sendo semiprostada não forma grande voluma de ramas. Tem os ramos relativamente consistentes, os quais contribuem para que a cultivar tenha uma certa resistência ao acamamento. Possui a inserção das vagens acima da folhagem e uma arquitetura de planta adequada à colheita mecânica e à realização do dessecamento. Os grãos são de cor esverdeada, porém de baixa persistência, devendo portanto serem colhidos imediatamente após a secagem.

Rosângela Evangelista(MTb 764/DF)Assessoria de Comunicação SocialContatos:61 34484113

Informações sobre tecnologias no estande da Embrapa com o jornalista João Eugênio.

Informações sobre a Feira obtidas no site do Ministério do Desenvolvimento  Agrário.

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/