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Consórcio Antiferrugem confirma três focos de ferrugem asiática na safra 2008/09

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O Consórcio Antiferrugem contabilizou, até o momento, a ocorrência da ferrugem asiática da soja em três estados brasileiros: Goiás, Paraná e Mato Grosso. O primeiro foco da safra brasileira 2008/09 foi confirmado em  novembro, em Senador Canedo( GO). O foco foi encontrado em uma Unidade Alerta da Agência Rural, na cultivar Monsoy 6101.

Em  dezembro,   confirmou-se  um foco em plantas de soja voluntária (plantas originárias dos grãos caídos no solo) na região de Araruna (PR) detectado pela COOPERMIBRA/INTEGRADO na cultivar CD 219 RR. A ocorrência mais recente de ferrugem foi constatada  , em Canarana, MT  por  uma Unidade de Alerta, e  confirmado pela Fundação MT. Em todos os casos, as lavouras estavam em estádio R5 (formação de grãos).

O aparecimento dos focos de ferrugem nesta safra teve início na mesma época do que em safras passadas. "Dezembro e janeiro são os meses com o maior número de relatos de ferrugem, devido ao fato da soja entrar no estádio de florescimento, fase mais favorável para infecções, e também porque é maior a freqüência de chuvas, o que facilita o desenvolvimento da doença", explica Cláudia Godoy, coordenadora técnica do Consórcio Antiferrugem e fitopatologista da Embrapa Soja.

A partir do florescimento das plantas, os produtores devem redobrar a atenção no monitoramento das lavouras e ficar atentos para a ocorrência de casos de ferrugem nas regiões próximas aos locais de aparecimento dos focos. "É importante realizar, no mínimo, duas vistorias por semana. Em caso de dúvida, as folhas coletadas devem ser enviadas a laboratórios para análise da presença ou não do fungo nas lavouras", explica a pesquisadora. O mapa com a evolução da doença durante a safra e as indicações de laboratórios para auxiliar a diagnose encontram-se disponíveis no site do Consórcio Antiferrugem (www.consorcioantiferrugem.net).

De acordo com o pesquisador da Embrapa Soja, Rafael Soares, a aplicação de fungicidas para o controle da doença pode ser feita a partir da detecção de sintomas iniciais na lavoura, na região, ou mesmo preventivamente. "É preciso levar em conta os fatores necessários para o aparecimento da ferrugem (presença do fungo na região, idade das plantas e condição climática favorável), a logística de aplicação (disponibilidade de equipamentos e tamanho da propriedade), a presença de outras doenças e o custo do controle", avalia o pesquisador.

O número e a necessidade de reaplicações de fungicidas dependem do estádio de desenvolvimento da soja em que foi identificada a doença e também do período residual dos produtos. Os pesquisadores alertam que o atraso no controle da doença, após constatados os sintomas iniciais, pode acarretar em redução de produtividade, caso as condições climáticas favoreçam o progresso da doença. 

Lebna Landgraf (MTb 2903)Colaboração: Mariana Fabre, estagiária de JornalismoEmbrapa SojaContatos: (43) 3371-/6061lebna@cnpso.embrapa.br

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