Com a proposta de estimular formas de agricultura sustentáveis aliadas à agricultura familiar na realidade amazônica, começa  na quarta-feira(10) , às 17h, em Parintins o I Seminário de Agroecologia do BaixoAmazonas.

A Agroecologia é uma nova abordagem da agricultura que integra diversos aspectos agronômicos, ecológicos e socioeconômicos, visando a sustentabilidade ecológica, econômica, social, cultural, política e ética.

O evento é uma realização da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), por meio do Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia, em parceria com aEmbrapa Amazônia Ocidental, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

No período de 10 a 13 de dezembro, em Parintins, vão acontecer palestras, debates, oficinas, mini-cursos e exposições. As palestras serão no auditório da escola GM3, as oficinas e mini-cursos no auditório do campusda UEA. A exposição e venda de produtos e as apresentações culturais serão nos dias 12 e 13, das 18h às 21h, durante a Feira Saberes e Sabores, naPraça dos Bois.

O pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Nestor Lourenço, informa que o seminário e a feira serão oportunidades para a troca de experiênciasentre agricultores locais, estudantes universitários e pesquisadores, a fim de contribuírem para formas de agricultura mais sustentáveis na Amazônia e, possivelmente, devem gerar novas demandas para a pesquisa científica.

Lourenço cita que estão em andamento várias experiências agroecológicas na região do Baixo Amazonas: os pólos de compostos orgânicos, viveiros comunitários, discussão e implantação de sistemasagroflorestais e educação ambiental para o campo.

Para o pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental e também diretor da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA) no Amazonas, Silas Garcia, este encontro é de suma importância no Amazonas e representa um esforço para concretizar a agroecologia como ciência, tanto na pesquisa agropecuária quanto no ensino acadêmico, além de ser o terceiro evento deagroecologia na região norte neste ano, contribuindo para o 6º Congresso Brasileiro que acontecerá em Curitiba em outubro de 2009.

Já a professora  da UEA, Francisneide Lourenço, ressalta que um dos pontos importantes é a troca de saberes, um dos princípios básicos da agroecologia, onde a interação entre agricultores, técnicos epesquisadores ajuda a construir novos conhecimentos.Programação - A palestra de abertura será feita pela reitora da UEA, Marilene Corrêa, sobre o tema "Agroecologia – fronteira da educação para aAmazônia", às 17h do dia 10.

No dia 11, o professor da UEA, Fabio de Limaexpõe sobre a importância do Patrimônio Cultural para a sustentabilidade da Amazônia e a coordenadora pedagógica do curso de agroecologia da UEA,Francisneide Lourenço, fala sobre a busca de uma parceria social por meio desse curso.

Ainda no dia 11, a chefe geral da Embrapa Amazônia Ocidental, Maria do Rosário Lobato Rodrigues, apresentará as pesquisas da Embrapa naperspectiva agroecológica.

No dia 12, serão discutidas as atividades pesqueiras e a sustentabilidade, com o coordenador da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (SEAP), Mauro Ruffino; a importância da difusão de sistemas agrossilvipastoris, com a representante da Superintendência Federal de Agricultura , NeuzaOliveira (SFA/AM); histórias e impactos dos projetos e programas de desenvolvimento na Amazônia, com o representante da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), Everardo Martins.

No dia 13 de dezembro o tema da agroecologia será abordado em três vertentes, em sua relação com a segurança alimentar, pelo pesquisador doInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Hiroshi Noda; em sua relação com os povos indígenas na visão do coordenador-geral da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Jecinaldo Cabral; e sobre a agricultura familiar no contexto agroecológico, por Maria Virginia Aguiar, representante da Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA).

Também serão apresentadas as experiências agroecológicas locais: no dia 11, sobre o guaraná orgânico, com o Idam de Urucurá e Nação Sateré;  nodia 12, sobre a experiências de organização social da Sares, Granav e Parintins Cidadã; no dia 13 , sobre a meliponicultura em áreas de agricultura familiar na Barreira do Andirá e em Parintins.

Estão sendo ofertadas cinco oficinas (turismo no contexto agroecológico, composto orgânico, segurança alimentar, bijuterias regionais, rede de agroecologia do baixo Amazonas) e dois mini-cursos (sistemasagroflorestais e adubação verde), todos com inscrições gratuitas.

Entre as Instituições parceiras que apóiam o evento estão a Secretaria de Ciência e Tecnologia (SECT), a Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado doAmazonas (Fapeam), Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável (Idam), Superintendência Federal de Agricultura no Amazonas(SFA-AM/Mapa), Secretaria de Agricultura Familiar (SAF/MDA), Prefeitura de Parintins, além de organizações e movimentos sociais como Grupo Ambiental Natureza Viva, Grupo Ambiental Gavião Real, Projeto Gavião Real/INPA, Projeto Pé de Pincha/UFAM, Articulação Parintins Cidadã, Sindicato dosTrabalhadores Rurais de Parintins, Cootempa, Escola Padre Manna e Diocese de Parintins.

Mais informações em Parintins, com o pesquisador Nestor Lourenço pelotelefone (92) 9141-9690

Síglia Regina dos Santos Souza MTb066/AMEmbrapa Amazônia Ocidental - Manaus/AMContatos: (92) 3621-0352 - Fax (92) 3621- 0430siglia.regina@cpaa.embrapa.br