28/01/09 |

Pesquisadores validam integração lavoura-pecuária no oeste baiano

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O ciclo da pesquisa agropecuária só é completo quando tem impactos positivos nos sistemas produtivos. A equipe da Embrapa Cerrados (Planaltina - DF) que trabalha com integração lavoura-pecuária (ILP) tem dado um exemplo de como validar o conhecimento gerado nas áreas experimentais da Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa.

Os pesquisadores visitam, em média a cada três meses, fazendas do oeste baiano para avaliar ensaios de milho consorciados com brachiaria e monitorar as parcerias entre produtores de grãos e pecuaristas, um dos desafios para expandir o uso da ILP.

A última visita dos pesquisadores Robélio Leandro Marchão e Roberto Guimarães Júnior à região de Correntina (BA) e Luis Eduardo Magalhães (BA) foi entre os dias 12 e 15 de janeiro. Eles acompanham o trabalho iniciado na Fazenda Xanxerê, propriedade de 10 mil hectares que faz uso da ILP. Outras atividades estão sendo implantadas também nas fazendas São Marcos, Eliane e Condomínio Strassburger.

A equipe tem observado a evolução na aplicação de tecnologias agropecuárias na região. Marchão explica que uma parcela significativa das propriedades já utiliza a Brachiaria ruziziensis como planta de cobertura para o plantio direto de milho, soja e algodão. "Em alguns casos o sistema está evoluindo do plantio direto para um sistema de integração lavoura pecuária com a presença de animais na área", comenta.

Os pesquisadores pretendem diversificar as pastagens nos sistemas de ILP do oeste baiano. Após os ajustes nos sistemas de produção, nos quais estão sendo avaliadas as diferentes formas de plantio do capim, assim como doses de herbicidas e população de plantas, a equipe de pesquisa pretende recomendar a inserção de outros cultivares de forrageiras como a BRS Piatã e a Massai.

Outra atividade de pesquisa realizada no oeste baiano é a avaliação dos híbridos de milho mais produtivos quando consorciados com capim. O processo de estabelecimento de parcerias entre agricultores e pecuaristas também têm sido uma fonte de aprendizado para a equipe da Embrapa Cerrados.

Roberto Guimarães destaca que os agricultores fazem contratos de parceria com pecuaristas para engorda de animais no período de entressafra. A introdução dos animais nos sistemas gera a chamada "safrinha de boi", uma forma de possibilitar ganhos econômicos em área que não teria produtividade entre as safras de grãos. No esquema de parceria, os lucros e os recursos investidos são divididos entre as partes.          

 "A região não tem precipitação suficiente para realizar duas safras de grãos", complementa Marchão. A área de pasto formado em consórcio com milho engorda os animais na entressafra e permite uma parceria entre agricultores e pecuaristas em que ambos saem ganhando.

As atividades desenvolvidas pela equipe de ILP no oeste baiano, iniciadas pelo pesquisador Lourival Vilela que coordena o projeto, são financiadas pela Finep e Embrapa. Os pesquisadores contam também com apoio de instituições locais para realizar eventos de transferência de tecnologia.

Dia de campo

O Instituto do Programa de Agricultura Sustentável (PAS), vinculado à Associação dos Engenheiros Agrônomos de Luis Eduardo Magalhães (Agrolem) realizará em maio um dia de campo com a participação da Embrapa Cerrados para demonstrar as tecnologias desenvolvidas que serão recomendadas para a região oeste da Bahia. A equipe da Unidade da Embrapa irá abordar assuntos relacionados à ILP.

 Gustavo Porpino de Araújo, M.Sc. AdministraçãoJornalista da Embrapa Cerrados (RN648 JP)Contatos: (61) 3388 9945

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/