A Embrapa Agropecuária Oeste , Embrapa Gado de Corte, Embrapa Soja, Embrapa Algodão, Embrapa Milho e Sorgo , Embrapa Trigo e Embrapa Transferência de Tecnologia (escritórios de Dourados, Londrina, Sete Lagoas e Uberlândia), em parceria com as fundações Vegetal (MS), Meridional (PR) e Pró-Sementes (RS) estarão presente, de 2 a 4 de fevereiro, no Showtec 2009, em Maracaju.

No evento são apresentadas tecnologias e conhecimentos por meio de quatro unidades demonstrativas, giros tecnológicos e o "momento tereré com pesquisa", no qual serão abordados assuntos – por meio de minipalestras - de interesse para o produtor rural.

Os encontros, dentro do stand da Embrapa, abordarão os seguintes temas: "variedades de milho", "piatã no sistema integração lavoura-pecuária", "controle do tamanduá da soja", "doenças da soja" e "faixas de suficiência de nutrientes em folhas de soja em MS e MT". O "tereré com pesquisa" será nos dias 2 e 4, às 10h e 15h, e no dia 3, às 15h.

Novas cultivares

Durante o Showtec, a Embrapa Agropecuária Oeste lança três novas cultivares de soja indicadas para MS. A convencional BRS 285 que tem como diferencial a tolerância ao nematóide de galhas. O período indicado para semeadura é de 20 de outubro a 10 de dezembro em todo o Estado.

A BRS 291 RR (transgênica) é um dos materiais transgênicos mais precoces recomendados pela Embrapa, com ciclo próximo de 115 dias, dependendo da altitude e época de semeadura, que deve ser feita, preferencialmente, entre 20 de outubro e 5 de dezembro no sul de MS.

A BRS 292 RR (transgênica), também recomendada para todo o Estado, apresenta ciclo médio de 125 dias. A época de semeadura ideal é entre 20 de outubro e 5 de dezembro, permitindo semeadura antecipada a partir de 15 de outubro.

"Essas novas cultivares apresentam resistência às principais doenças que atacam a cultura da soja como cancro da haste, pústula bacteriana e mancha "olho-de-rã", além de elevado potencial produtivo", diz o pesquisador Carlos Lasaro.

Outras tecnologias

O consórcio "Milho com braquiária" também está no Showtec. A tecnologia é uma alternativa para aumentar o rendimento de grãos de milho e de palha de braquiária, sem o uso de herbicida para o controle do capim e sem comprometer a produção ou alterar a época de semeadura do milho. Segundo o engenheiro agrônomo e doutor em Agricultura, Gessi Ceccon, a população do milho e do capim permite ainda o aprofundamento das raízes e a cobertura do solo com palha, melhorando as condições físicas e químicas do solo para as culturas posteriores, entre outras vantagens.

O uso de cultivares de soja resistente e a rotação de culturas é uma alternativa para o manejo do nematóide reniforme (/Rotylenchulus reniformis/). No Showtec, a prática é apresentada da seguinte forma: monocultura de soja suscetível ao nematóide Reniforme; monocultura de soja resistente ao nematóide Reniforme; rotação anual de milho com soja suscetível ao nematóide, e rotação anual de milho com soja resistente ao nematóide. "Há diferenças visuais muito claras entre as quatro situações apresentadas, evidenciando que o uso de culturas resistentes, principalmente quando associadas à rotação de culturas, é uma excelente alternativa para o manejo deste nematóide", explica o pesquisador Guilherme Lafourcade Asmus.

Quanto ao algodão, o foco principal no evento é mostrá-lo como componente de um sistema de produção e que, somente assim, ele é economicamente viável. As cultivares apresentadas são a BRS Pequi e BRS Buriti adequadas à colheita mecânica.

Além do potencial agronômico do algodoeiro, há condições de solo e clima adequados à cotonicultura no sul do Estado, inclusive de mercado. "Um exemplo disso é que em Naviraí está instalada uma das mais modernas indústrias têxteis do mundo (Copasul), que importa algodão para produzir 600 toneladas de fio por mês", conclui o chefe-geral da Unidade, Fernando Mendes Lamas.

Kadijah Suleiman, jornalista (MTb RJ 22729JP) Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados (MS) (67) 3416-9742 kadijah@cpao.embrapa.br