06/02/09 |

Alagoas quer tecnologias da Embrapa de São Carlos

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O secretário de Agricultura de Alagoas, Jorge Silva Dantas, em visita, na sexta-feira ( 6), à Embrapa Pecuária Sudeste, disse que seu Estado tem interesse em receber o projeto "Balde Cheio", trabalho de pesquisa e de transferência de tecnologia desenvolvido, por esse centro da Embrapa, em 12 Estados do Brasil.

Dantas afirmou que Alagoas quer aumentar sua produção leiteira, principalmente dos pequenos produtores familiares. "O Balde Cheio, com algumas adaptações à realidade regional, é o ideal para isso", disse ele. Além disso, Alagoas fornece 50 mil litros diários a populações carentes, por meio de programa conjunto do Governo Federal e do Governo do Estado, alimento esse que em breve deverá ser proveniente de pequenos produtores.

O secretário foi recebido pelo chefe geral da Embrapa Pecuária Sudeste, Maurício Mello de Alencar, e pelo supervisor de transferência de tecnologia, Marco Aurélio Bergamaschi. O secretário foi acompanhado pelo professor João Camarotto, da UFScar – Universidade Federal de São Carlos.

O projeto "Balde Cheio", da Embrapa Pecuária Sudeste, demonstrou a viabilidade - técnica e econômica - da pequena propriedade, ou propriedade familiar, para a produção de leite. Alguns de seus resultados são a obtenção de lucro nesse tipo de propriedade antes deficitária, o aumento da renda do pequeno produtor, a redução do êxodo rural e o aumento da produção de leite, por hectare / ano, de até 12 a 15 vezes (ou seja, de 1.100% a 1.400%).

Tudo isso com metodologia inovadora, que supera muitos dos problemas normalmente enfrentados pela transferência de tecnologia da pesquisa para o campo. Atuando em propriedades de meio hectare a 20 hectares, a tecnificação e o bom gerenciamento permitem que esses produtores familiares multipliquem sua renda, renda essa que, em alguns casos, era, antes de aderirem ao projeto, inferior a um salário mínimo.

Cerca de 90% dos produtores assistidos pela Embrapa Pecuária Sudeste conseguiam produção diária de até 80 litros no início dos trabalhos. Após o processo de tecnificação, passaram a obter de 300 litros a mais de mil litros / dia. Mas o indicador mais importante na atividade, que é a produção de leite por hectare / ano, foi elevada de 12 a 15 vezes.

O projeto apresenta várias inovações, com destaque para duas delas: 1) os trabalhos são dirigidos tanto a técnicos da extensão rural como a produtores e 2) a transformação das propriedades em "salas de aula" pois é lá que ocorrem todos os encontros, palestras e dias-de-campo.

Ao invés de dias de campo esporádicos ou palestras em ambientes fechados, os encontros nessas "salas de aula" são permanentes e essa propriedade é assistida e visitada por outros produtores durante um período de quatro anos. O sítio fica sob monitoramento permanente de um técnico.

Os pecuaristas assistidos são pequenos produtores que estavam a ponto de abandonar a atividade e que hoje estão numa situação confortável. "Ninguém vai ficar rico com pequena produção de leite, mas o pequeno produtor pode multiplicar a sua renda, investir em tecnologia e gerência, viver dignamente e com conforto", afirma Artur Chinelato de Camargo, coordenador do "Projeto Balde Cheio". O projeto assiste diretamente a mais de 2.200 propriedades, em quase 400 municípios de 12 Estados.

Jorge Reti - MTb 12693-SP e MS14130/SJPSP/FENAJ Embrapa Pecuária Sudeste Contatos:(16) 3411-5600 correio eletrônico jreti@cppse.embrapa.br

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