A abertura do laboratório da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no Instituto de Pesquisa Rhothamsted, na Inglaterra, anunciada em junho de 2008 pela direção da Embrapa ao Governo Britânico, serviu de incentivo para um grupo de dirigentes de instituições de pesquisa do Reino Unido visitar o país nesta semana em busca de oportunidades de cooperação.

Philippa David, diretora do Centro Internacional de Agrotecnologia (IATC), organização ligada ao Departamento de Investimento e Comércio do Reino Unido voltada para a articulação de acordos cooperativos entre organizações britânicas e instituições de ciência e tecnologia nas áreas de interesse do Reino Unido, e o professor Colin Dennis, diretor da Campden BRI, associação independente de pesquisa voltada para o desenvolvimento de produtos inovadores para as indústrias alimentícia e de bebidas, fazem parte do grupo. O IATC foi o órgão responsável pelos entendimentos para abertura do Labex da Embrapa na Inglaterra.

Dennis comenta que a comitiva está "discutindo oportunidades de colaboração, principalmente, nas áreas de ciência, segurança e tecnologia de alimentos". Após acompanhar a apresentação da pesquisadora Marília Santos Silva, da Embrapa Cerrados (Planaltina – DF), o dirigente mostrou interesse em articular um intercâmbio entre equipes de pesquisa de trigo e cevada. "Incrementar a qualidade do trigo e da cevada nos interessa. Temos muitas informações sobre processamento de trigo para a indústria alimentícia e cevada para a indústria cervejeira", comentou.

Para Philippa, a abertura do laboratório da Embrapa na Inglaterra irá impulsionar o programa de transferência de tecnologias estabelecido entre o Brasil e o Reino Unido. A diretora do IATC está "investigando novas oportunidades de colaboração" durante as visitas a instituições com potencial para firmar parcerias com o Reino Unido. Na quarta-feira (10), véspera da visita à Embrapa Cerrados, a comitiva britânica conheceu os laboratórios de pesquisa em Engenharia de Alimentos da Unicamp.

Trevor Nicholls, presidente da CABI, organização de pesquisa com base no Reino Unido e atuação em mais de 40 países, também visitou a Embrapa Cerrados. A CABI atua, entre outras áreas, com projetos voltados para diminuir o custo de produção das culturas agrícolas e incrementar a margem de lucro do produtor por meio do desenvolvimento de práticas agrícolas sustentáveis.

Durante a visita à Embrapa Cerrados, a comitiva conheceu os planos da Unidade de expandir pesquisas com foco na identificação da funcionalidade de espécies nativas do Cerrado.  Dentre os estudos em andamento, está avaliar a funcionalidade de espécie de maracujá silvestre na latência de sono e ansiedade e utilização de outras espécies silvestres como alimentos funcionais.

Os dirigentes britânicos estiveram também na sede da Embrapa, em Brasília (DF), e têm visitas programadas ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento e Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

 Gustavo Porpino de Araújo Embrapa Cerrados (RN648 JP)Contatos:: (61) 3388 9945