05/03/09 |

Pesquisas com etanol podem ajudar o Brasil a ser líder de mercado

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Com clima favorável, dimensões continentais e extensas áreas agricultáveis, o Brasil, além de produtor de destaque de alimentos, agora têm por missão se consolidar como líder no mercado de Agroenergia.

Apesar do sucesso que o Brasil tem alcançado neste mercado, em 2006, os EUA assumiram a liderança na produção de bioetanol. A retomada da liderança brasileira no setor, dependerá do desenvolvimento de novas tecnologias e avanços já utilizados. Há espaço para melhorias nos processos industriais e fatores de produção.

Com histórico investimento em pesquisa com sorgo sacarino, mandioca amilácea e mandioca sugary, e cana-de-açúcar, a Embrapa mostra envolvimento em pesquisa para produção de biomassa, como também em pesquisa para transformação, utilização e conservação de energia, relacionadas a parte socioeconômica e de análise de sistemas direcionada para impulsionar o setor sulcroalcooleiro.  "Cabe a Embrapa fazer e executar a boa ciência com fins estratégicos para o Brasil", assegurou o Chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Frederico Durães.

A  rede Embrapa e os demais parceiros focam suas ações em produção de cultivares modificadas, via melhoramento genético clássico, e também, assistido por biologia avançada. Além disso, desenvolve estudos especiais para cana energia, focando teor de sacarose, estrutura modificada de parede celular, eficiência de sistemas biológicos para hidrólise enzimática e processos especialistas para rota de Et-LC, destaca o Chefe.

Etanol a partir de material lignocelulósico está dentro das metas estratégicas da empresa para dar suporte técnico-científico ao setor sucroalcooleiro. Neste caso, a Embrapa Agroenergia desenvolve ações no que diz respeito à caracterização de rotas tecnológicas e processos específicos, visando saltos de competitividade no negócio brasileiro para a melhoria da produção de etanol incluindo tecnologias de 2ª geração.

As várias rotas tecnológicas para produção de etanol de matéria-prima lignocelulósica, em desenvolvimento no Brasil e no mundo, apresentam alguns gargalos técnico-científicos relevantes que vêm merecendo esforços concentrados de pesquisa, desenvolvimento e inovação.

Mercado atual

No atual cenário, a cultura da cana-de-açúcar tem um papel fundamental para atender as demandas dos mercados domésticos e internacionais com aumento da área, produtividade e eficiência de conversão em etanol.

O Brasil cultiva entre 7 e 8 milhões de área plantada desta cultura e a proposta de crescimento deverá observar uma estratégia conservadora entre 2 a 3 vezes, ou incrementar de 3 a 10 vezes mais.

De acordo com Durães, dados  apontam que se a matriz mundial fizer substituição da gasolina por etanol em 10%, o Brasil pode contribuir em até 50% com esta oferta num período de 10 a 15 anos. Os atores públicos e privados do Brasil, com esta perspectiva, podem vislumbrar estratégias futuras de mercado.

Para isso, a curto prazo, o Brasil deverá cuidar do fortalecimento do suporte tecnológico,  da logística de transporte e escoamento da produção e acordos bilaterais ou multilaterais.

Daniela Garcia Collares (MTb/114/01 RR)Embrapa AgroenergiaEstagiário: Leonardo FerreiraE-mail: daniela.collares@embrapa.brContatos:: (61) 3448-4845

Mais informações sobre o tema
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