09/03/09 |

Escolas são beneficiadas com a biofortificação de alimentos

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Nos próximos quatro anos, escolas públicas das regiões com alto grau de deficiência de ferro, zinco e pró-vitamina A dos estados de Minas, Sergipe e Maranhão serão envolvidas nas ações para biofortificação de alimentos. Pesquisadores da Embrapa e seus parceiros querem avaliar o potencial de alimentos biofortificados, como arroz, mandioca, feijão-caupi e batata-doce, na merenda escolar e seus efeitos para reverter o quadro de deficiência nutricional.

As estratégias para atingir as escolas serão definidas num encontro em Aracaju (SE), de 10 a 11 de março, na Embrapa Tabuleiros Costeiros, que reunirá pesquisadores da Embrapa Agroindústria de Alimentos (líder do projeto) e Embrapa Milho e Sorgo.

"Vamos discutir a metodologia de trabalho para atuar em escolas no Vale do Jequitinhonha (MG), em São Luís (MA) e em Pacatuba (SE) e os desdobramentos dessas ações definirão como iremos atuar em outras regiões", afirmou o pesquisador Fernando Curado, da Embrapa Tabuleiros Costeiros.   

A biofortificação de alimentos é um projeto da Embrapa que conta com o apoio dos programas HavestPlus e AgroSalud e envolve uma rede de parceiros no Brasil e no exterior. Até o momento, as pesquisas brasileiras chegaram a variedades de mandioca e batata-doce com maiores teores de betacaroteno e feijões mais ricos em ferro e zinco. A falta desses micronutrientes no organismo leva a quadros de anemia, baixa resistência a doenças e comprometimento do intelecto. Crianças, gestantes e idosos são os grupos mais suscetíveis.  Sergipe – A Embrapa, a Universidade Federal de Sergipe (UFS), secretarias de Estado de Inclusão e Desenvolvimento Social, Educação e Saúde e a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) já instalaram áreas de cultivo de alimentos biofortificados onde são feitas as análises agronômicas. Com os dados consolidados, essas áreas serão ponto de partida para popularizar o projeto junto às comunidades.  

Os pesquisadores também fizeram testes de aceitação de alguns produtos biofortificados e coletaram dados antropométricos e nutricionais de estudantes de escolas estaduais de Pacatuba onde constatou-se quadros de desnutrição crônica. Trabalho similar será feito em São Luis e no Vale do Jequitinhonha.

Encontro Anual – Em junho, cerca de 200 técnicos e pesquisadores participarão do III Encontro Anual de Biofortificação de Alimentos, em Aracaju (SE). O objetivo é avaliar o andamento dos projetos na América Latina, África e Ásia e que envolvem as culturas do arroz, mandioca, batata-doce, abóbora, feijão, feijão-caupi e trigo, bem como, o desenvolvimento de produtos derivados e estratégias para que os novos alimentos cheguem até as comunidades mais atingidas pela deficiência de ferro, zinco e pró-vitamina A.   

Gislene Alencar - Jornalista - DRT 05653/MG Embrapa Tabuleiros CosteirosContato: (79) 4009-1381  gislenealencar@cpatc.embrapa.br

Soraya Pereira – Jornalista – MTB 26165/SP Embrapa Agroindústria de Alimentos Contato: (21) 3622 9748 ou 9881 0535 soraya@ctaa.embrapa.br

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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