A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia recebeu na terça-feira(31) a visita de uma delegação composta por oito representantes permanentes junto à Organização das Nações Unidas (ONU) dos pequenos estados insulares em desenvolvimento do Pacífico: Nauru, Tuvalu, Vanuatu, Ilhas Fiji, Ilhas Salomão, Ilhas Marshal, Samoa, Micronésia e Palau.

Os embaixadores foram recebidos pelo articulador internacional da Unidade, o pesquisador Maurício Lopes, que apresentou dados sobre o agronegócio brasileiro e explicou o papel da Embrapa e da Unidade neste cenário.

Maurício falou da importância das quatro áreas temáticas que compõem a Unidade. Em relação à Segurança Biológica, por exemplo, o pesquisador enfatizou que o Brasil ainda é um país dependente de germoplasma vindo do exterior e que quando esses recursos entram no país é necessário ter muito cuidado para se evitar a proliferação de pragas. "Cerca de 85% do germoplasma que entra no país está infectado", afirmou.

O pesquisador falou também de alguns resultados alcançados por pesquisas desenvolvidas na Unidade, como o sequenciamento dos genomas do café e da banana, os bioinseticidas, os clones obtidos por meio de técnicas de engenharia genética, a conservação de algumas espécies de plantas e animais em risco de extinção, entre outras.

O embaixador das Ilhas Fiji, Mason Flynn Smith, demonstrou interesse em aplicar algumas tecnologias da Unidade em seu país, cujo clima é parecido com o do Brasil. Já o representante das Ilhas Marshall, Philip H. Muller, se interessou pelas pesquisas com bioinseticidas que combatem pragas nocivas à agricultura e também vetores que transmitem doenças como a malária. Outro assunto que chamou a atenção do embaixador foram as plantas geneticamente modificadas que têm a capacidade de se adaptar às mudanças climáticas.

Após assistirem à apresentação sobre a Unidade, os visitantes conheceram o Herbário da Unidade, onde estão armazenadas mais de 70 mil espécies de plantas, conforme explicou o pesquisador Eduardo Lleras Perez.

"O principal objetivo do Herbário é manter um registro das espécies que são importantes para a agricultura e a biodiversidade brasileira", disse o pesquisador. "Também é preciso conhecer bem as variedades genéticas que existem, para que se possa fazer uso adequado delas", complementou.

A delegação visitou a Unidade acompanhada dos representantes do Ministério das Relações Exteriores Mariana Silva Rezende, Conselheiro Marco César Moura Daniel e Secretário Irineu Barreto.

Irene Lôbo (MTb 4946/DF)

Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

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