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Curso ensina o combate ao moko da bananeira

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O combate ao moko da bananeira, uma doença que infesta os bananais do município de Mazagão, no estado do Amapá, ganhou reforço com a  parceriada Embrapa Amapá e Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica).

Nesta terça-feira( 7) e quarta-feira( 8), os produtores de localidades em áreas de várzeas de "Maracá" e "Mazagão Velho" recebem orientações demanejo adequado com o objetivo de prevenir e controlar o moko da bananeira. Denominado de "Manejo da cultura da bananeira em área devárzea", o treinamento é uma ação de transferência de tecnologias para um manejo racional da bananeira, por meio de produção de mudas sadias e vigorosas e uso do equipamento ‘lurdinha' e da faca de despencamento.

O engenheiro agrônomo Jackson de Araújo dos Santos, da Embrapa Amapá, explica que a área de várzea é naturalmente "bastante atingida pelas doenças da bananeira, principalmente o moco da bananeira, causada pela bactéria Ralstonia solanancearum raça 2, que torna os frutos impróprios para o consumo", disse o técnico que conduz o curso junto com engenheiroagrônomo Toshihiko Takamatsu, da Jica, e o assistente Carlos Alberto Monte Verde Pinheiro, da Embrapa.

O equipamento "lurdinha" é metálico, indispensável para o produtor retirar a gema de crescimento da planta e, assim, estimular a brotação dos perfilhos. A ação anterior ao treinamento foi a aquisição, pela Jica, de mudas selecionadas da Embrapa (Garantida, Caprichosa, Fhia 18 e Thap Maeo) para distribuição aos produtores ribeirinhos.

O moko da bananeira é considerada uma praga Quarentenária A2, com ocorrência nos estados do Amazonas, Amapá, Pará, Acre, Rondônia, Roraima eSergipe. Mesmo com a realização do treinamento, é preciso o investimento de ações paralelas, por exemplo do Ministério da Agricultura, para aquisição e distribuição de mudas sadias aos produtores. "A disseminação do Moco da Bananeira é fácil e seu controle é difícil", observou Jackson dos Santos.

Esta facilidade acontece, entre outros fatores, devido ao uso de ferramentas infectadas e pela contaminação de raiz para raiz ou do solo para a raiz. De acordo com a literatura sobre o assunto, a base do controle do moko é a detecção precoce da doença e a rápida erradicação das plantas infectadas como das que lhes são adjacentes, as quais embora aparentemente sadias podem ter contraído a doença.

Prevenção e Controle

- Uso de mudas sadias, com origem comprovada (CFO)- Uso de cultivares resistentes- Inspecionar periodicamente os plantios, com erradicação imediata dasplantas doentes- Desinfecção das ferramentas utilizadas no manejo da cultura- Eliminar o coração ou mangará, evitando que abelhas e outros insetosdisseminem a doença.

Dulcivânia Freitas  (DRT/PB 1.063)(96) 4009-9511/9902-9959dulcivania@cpafap.embrapa.br

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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