08/05/09 |

Produção Integrada em debate na Expoarroz

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Na sexta-feira (8), às 10h, os participantes da Expoarroz puderam conhecer os detalhes do Sistema Agropecuário de Produção Integrada (SAPI), por meio da reunião setorial intitulada "A Produção Integrada no Brasil: A Certificação como forma de valorizar o produto".

Trata-se de um sistema oficial do Governo Federal que pretende contribuir com a geração de alimentos seguros e de outros produtos agrícolas de qualidade, por meio da utilização das tecnologias adequadas e sustentáveis.

As atividades tiveram início com a palestra apresentada pelo representante do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, George Simon. A pesquisadora da Embrapa Clima Temperado e coordenadora do projeto de Produção Integrada de Arroz (PIA), Maria Laura Turino Mattos, foi a mediadora da atividade que reunião representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Inmetro, do Sindarroz, da Abiarroz e da Embrapa Clima Temperado. O Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Unidade, Clenio Nailto Pillon também participou das atividades.

O SAPI pretende atender às exigências do mercado internacional e nacional e dos consumidores em relação ao produto ofertado, levando em consideração: higiene, preservação ambiental, racionalização de agrotóxicos e medicamentos. A pesquisadora explica que a adesão ao SAPI é voluntária, porém ao ingressar no Sistema o produtor se compromete a cumprir normas específicas e que foram previamente testadas no campo antes de se tornarem oficiais. As normas são elaboradas por um comitê técnico, composto por entidades públicas e privadas, atuantes na cadeia produtiva. De acordo com Maria Laura "a normatização não vai ser publicada antes de ser validada pelos produtores".

A Produção Integrada de Arroz no Brasil é um sistema que, ao ser implementado, além de minimizar os impactos ambientais negativos da lavoura orizícola, irá inserir, direta ou indiretamente, na cadeia produtiva do arroz, boas práticas agrícolas e vários projetos como ISO 14001 (segurança ambiental), Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) e EUREP-CAP (segurança alimentar), responsabilidade social AS 8000 (segurança do trabalhador), normalização, rotulagem e certificação.

As vantagens pela opção deste sistema são: melhoria na administração da propriedade; organização da base produtiva; diminuição dos custos de produção e aumento da receita pela agregação de valor ao produto final; ganho de competitividade e consequente permanência nos mercados conquistados; acesso a mercados mais exigentes; sustentabilidade do processo de produção com menor impacto ambiental; oferta de produtos sadios, com melhor sabor, aroma, aparência e maior durabilidade, além de maior limite de crédito rural.

"Em comparação com a produção convencional, os resultados podem ser de até 100% de racionalização no uso de inseticidas (arroz), fungicidas (arroz), herbicidas (batata, uva, banana e melão) e acaricidas (uva e pêssego). Além disso, são observados o aumento da produtividade e redução no consumo de água e energia elétrica", explica a pesquisadora.

Christiane Rodrigues Congro Bertoldi – Mtb-SC 00825/9 Colaboração: Manoela Soares (estagiária)Embrapa Clima Temperado Contatos: (53) 3275-8113 - congro@cpact.embrapa.br

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