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Embrapa projetará pescado brasileiro no mundo

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A Embrapa está diante de um novo desafio: projetar o pescado brasileiro internacionalmente, assim como o fez com a pecuária anos atrás, conforme anunciou na segunda-feira (11) o ministro da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (SEAP), Altemir Gregolin, durante a 1ª Reunião de Chefes da Embrapa, que prossegue até a quinta-feira (14).

O alicerce político para esse salto é o Projeto de Lei 3960/2008 que cria o Ministério da Aqüicultura e Pesca, com o objetivo de consolidar o desenvolvimento do setor no País. Para que nas próximas décadas o Brasil se torne um dos maiores produtores de pescado do mundo, como prevê Gregolin, a perspectiva de uma atuação mais ampla da Embrapa na área recebe reforço.

O PL, que a SEAP  espera ver aprovado pelo legislativo até 29 de junho próximo – quando se comemora o dia do pescador –, autoriza a Embrapa a criar centros especializados para a pesquisa de atividades de aqüicultura e pesca.

Por sua vez, a empresa já criou as bases tecnológicas para o desenvolvimento sustentável da aqüicultura no Brasil. É o projeto Aquabrasil, idealizado para promover o salto tecnológico da aqüicultura brasileira. O projeto é uma parceria entre as seguintes unidades da Embrapa: Pantanal, Amazônia Ocidental, Meio Ambiente, Meio Norte, Tabuleiros Costeiros, Informática Agropecuária, Agroindústria Alimentar , Semiárido, Amazônia Oriental, Agropecuária Oeste e Amapá.

A cadeia  produtiva do Aquabrasil, de acordo com a pesquisadora da Embrapa Pantanal, Emiko Kawakami, vai da fazenda ao consumidor, com sustentabilidade econômica, social e ambiental. Isso implica em melhoramento genético e nutricional, sanidade, manejo e gestão do sistema de cultivo e aproveitamento industrial do pescado produzido nessas condições.

"Nosso desejo é ter, nos próximos anos, no supermercado, os mesmos produtos que hoje temos a partir do frango, como nuguets e kibe, entre outros", diz a pesquisadora. "A idéia é fazer tudo para facilitar a vida da dona de casa", completa.

A importância nacional do camarão vannamei e da tilápia; e a regional do Tambaqui e da cachara fizeram com que essas espécies fossem selecionadas para o trabalho do Aquabrasil.

 Os recursos estimados para a execução do projeto são da ordem de R$ 8.750.000,00. A Embrapa entra com R$ 3.200.000,00; a SEAP, com R$ 4.000.000,00 e outras fontes, com R$ 1.550.000,00

Veja abaixo os números do setor pesqueiro, fornecidos pela SEAP:

IMPORTÂNCIA DO SETOR NO MUNDO

Mercado movimenta US$ 92 bilhõesResponde por 16% da oferta mundial de proteína animal;Mercado duas vezes maior do que o complexo soja;Carne bovina – U$ 23 bilhões;Carne de frango – U$ 12 bilhões; Melhor taxa de conversão alimentar comparada aos Bovinos, Suínos, Frango

PERSPECTIVAS DO SETOR: FAO 2030

Consumo mundial: 16 para 22,5 kg/hab/ano;Consumo nacional: 16% importação Demanda mundial: mais de 100 milhões de toneladas/ano;Mundo necessitará de uma maior oferta de pescado:Brasil: 20 milhões de toneladas/ano;Potencial brasileiro: Recursos hídricos, clima, espécies com potencial zootécnico e mercado.Mercado mundial de pescado em ampliação (mercado garantido).Impactos: 40 bilhões de dólares (setor primário); 60 bilhões de dólares (setor secundário);10 milhões de empregos (diretos e indiretos).

POTENCIAL DO BRASIL 8.500 km² de costa; 4,3 milhões km² de ZEE; 12% água doce; 10,5 milhões áreas alagadas: Águas públicas/reservatórios Áreas privadas

Mônica Silveira ( 682/05/34/DRT-DF)contatos: (61) 3448-4015monica.silveira@embrapa.br

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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