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Embrapa Hortaliças participa de programa com produtores de batata-doce no RS

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Problemas com doenças nas plantas de batata-doce levaram o pesquisador da Emrbapa Hortaliças (BRasília-DF) João Bosco Carvalho a Mariana Pimentel, no Rio Grande do Sul, no período de 4 a 8 de maio .

Considerada o produto agrícola mais importante do município, com uma produtividade anual aproximada de 12.000 toneladas, a batata-doce vem perdendo terreno para as doenças e pragas que têm afetado a produção e, consequentemente, a economia da região.

Os trabalhos desenvolvidos pelo pesquisador contaram com o auxílio da prefeitura do município, o que permitiu um levantamento mais detalhado e facilitou a identificação das doenças que vêm reduzindo a produção de batata-doce em Mariana Pimentel e cidades vizinhas, como Barra do Ribeiro e Sertão Santana. Bosco explica que com base nas amostragens foi identificado um tipo especial de vírus, transmitido pela mosca branca, e apontado como principal agente da doença conhecida como "repolhimento" ou "aniquilamento" da batata-doce.

"Quando a mosca branca se alimenta de uma planta que abriga o vírus, ela dissemina a doença para as plantas sadias", descreve o pesquisador, acrescentando que outra forma de contaminação consiste no aproveitamento de mudas retiradas de plantas infectadas. "Não existem produtos químicos para o controle da doença, e não adianta combater a mosca branca se as mudas para transplantio são retiradas de plantas contaminadas", salienta.

Essa e outras questões referentes ao enfrentamento do problema foram abordadas pelo pesquisador durante reunião com produtores, que decidiram participar de um programa de produção de mudas sadias. Segundo Bosco, a prefeitura de Mariana Pimentel abraçou a ideia e destinou uma área especial para a instalação de um sistema de produção das mudas, que já conta com uma estufa de 500 m². As plantas sadias para a produção de mudas são produzidas pela Embrapa Clima Temperado, Unidade localizada em Pelotas.

A ação foi aplaudida pelo pesquisador, que, baseado nos resultados mostrados pelas experiências desenvolvidas na Embrapa Hortaliças, aposta no sucesso da empreitada. "Os testes realizados nos campos experimentais da nossa Unidade para avaliar a produção obtida de plantas sadias e de plantas contaminadas mostraram que as primeiras quase dobraram a produtividade da batata-doce", destaca Bosco, lembrando que a batata-doce não é plantada a partir de sementes e sim de pedaços de ramas retiradas de lavouras anteriores.

ANELISE MACEDO - MTb 2749/DF

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