25/05/09 |

Moçambicanos concluem curso na Embrapa Cerrados

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O curso de "Agricultura de conservação para agricultura familiar nas zonas tropicais", ministrado pela Embrapa Cerrados, durante duas semanas, a 15 técnicos moçambicanos, vinculados ao Ministério da Agricultura de Moçambique, foi encerrado nesta sexta-feira (22).

Em solenidade realizada na Embrapa Sede, os treinandos foram diplomados por representantes dos três países que integram o "Projeto Brasil-França de Treinamento de Técnicos Moçambicanos na Área da agricultura de Conservação" - Brasil, França e Moçambique.

"Nossas malas voltam pesadas de material em Português para consumo quase direto", disse o representante dos técnicos, Inácio Nhancale, ao enfatizar o privilégio que tiveram em participar do curso. "A similaridade da língua e do clima fazem com que as tecnologias que nos foram transmitidas possam ser implementadas em Moçambique", enfatizou.

A cultura da mandioca foi um dos destaque do conteúdo programático. "Constatamos que em Moçambique utilizamos muito pouco do potencial da mandioca", afirmou  Nhancale, ao garantir que o grupo retorna ao seu país com o compromisso de implementar as técnicas adquiridas no Brasil. "Algumas poderão ter aplicação imediata, outras serão adaptadas, o que requer um prazo mais longo", frisou.

Agricultura de conservação, manejo da fertilidade e correção dos solos tropicais, agrobiodiversidade e agroecologia, manejo integrado de pragas, entre outros temas, fizeram parte do treinamento. O grupo também esteve em Unaí (MG), onde foi apresentado a metodologias e arranjos de pesquisa e visitou assentamentos, a Faculdade de Agronomia, Escola Agrícola, sindicatos e trabalhadores rurais.

Perspectivas - O representante do Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (CIRAD), Philipe Petithuguenin, em nome do governo francês, disse que essa etapa ora concluída fecha a primeira fase de um programa de 18 meses, cujas perspectivas seguintes prevêem projetos de longo prazo realizados em Moçambique. "Se gostaram, vamos continuar com essa cooperação tripartite."

Integrante da parte brasileira do projeto, a Embrapa, por meio de sua diretora-presidente em exercício, Tatiana Deane de Abreu Sá, ressaltou o cumprimento dessa missão, destacando que a formação partilhada não é simplesmente transferida – é multiplicada.

O ministro Marco Farani, em nome da Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE), também vinculada ao projeto, mencionou o compromisso brasileiro de replicar conhecimento para reduzir a fome no continente africano.

Ao desejar que essa cooperação cada vez mais se fortifique, o ministro conselheiro Augstinho Tiamana, representante do embaixador de Moçambique, fez um apelo: "apliquem o conhecimento aqui adquirido para o desenvolvimento de nosso país".

Mônica Silveira (Registro Profissional – 682/05/34/DRT-DF)contatos: (61) 3448-4015monica.silveira@embrapa.br

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