05/06/09 |

Marketing da pesquisa é tema de palestra do VI Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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"Em época de crise, a ciência é a chave para promover o consumo em massa do café, garantindo a sustentabilidade do cafeicultor". Isso foi o que afirmou o empresário Carlos Brando, da empresa P&A Marketing, aos participantes do VI Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, em Vitória, ES, afirmando que, para que isso aconteça é preciso que marketing da pesquisa seja mais eficiente, de forma a que as tecnologias sejam efetivamente adotadas pelos agentes do agronegócio café. Num mundo de aparências e percepções, se você não proclama o que você faz, você não tem reconhecimento", afirmou ele.

Brando fez sua palestra no último dia do evento, sexta-feira (5) sob o título "Pesquisa cafeeira na fronteira do conhecimento", tendo como moderador o Secretário de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca do Estado do Espírito Santo, Ricardo Ferreira dos Santos. O empresário, que participa da comissão técnica de projetos do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (CBP&D/Café), coordenado pela Embrapa Café, desde sua fundação, afirmou que a pesquisa brasileira em café precisa agora reavaliar sua atuação, voltando-se mais para as demandas do consumidor final.

Essa reavaliação passa, ainda pela melhoria na transferência das tecnologias geradas, fazendo com que as novas técnicas cheguem de forma mais eficiente aos seus clientes.

Ele afirmou, ainda, que o Brasil, país que investe em tecnologia, sozinho, a mesma quantidade ou mais do que o valor que todos os outros países produtores de café reunidos investem, precisa desenvolver pesquisas nesses outros países produtores, ajudando-os e proporcionando, também, o aumento do conhecimento brasileiro sobre o café. "Ganhamos muito mais do que perdemos levando nossa tecnologia para outros países", enfatizou.

Devido à existência do Consórcio, que este ano completa doze anos, o Brasil já pode assumir um papel mais forte de liderança cafeeira no mundo. Porém, para isso, a pesquisa precisa ter, cada vez mais, uma visão global, mudando a mentalidade existente ainda hoje, de trabalhar no local e, o que é pior, com problemas ‘paroquiais'.

Por fim, Brando afirmou que o cliente da pesquisa quer inovação. Cabe aos pesquisadores  brasileiros buscar a eficiêcia do seu trabalho por meio da busca de fontes alternativas de recursos, a realização de trabalhos em outros países, a criação de pacotes tecnológicos, a promoção da capacitação dos recursos humanos, o marketing da pesquisa e do café brasileiro e a elaboração do planejamento estratégico da pesquisa cafeeira.

Promovido pelo Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café e realizado este ano pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), pela Secretaria de Agricultura, Aquicultura, Abastecimento e Pesca (Seag) e pela Embrapa Café, o VI Simpósio acontece até o final da tarde de sexta-feira (5) no Centro de Convenções de Vitória, com a participação de aproximadamente mil pessoas.

Jurema Iara Campos(MTb 1330/DF)

Embrapa Café

Contatos:(61) 34484566

jurema@sede.embrapa.br

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