29/10/12 |   Biodiversidade

Pesquisas com plantas medicinais do Semiárido e cultura de tecidos vegetais são temas de eventos no Vale do São Francisco

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Foto: Fernanda Birolo

Fernanda Birolo - Potencial pode ser explorado

Potencial pode ser explorado

Experiências e resultados de pesquisas sobre o potencial medicinal de plantas e formas de propagação de mudas a partir de tecidos vegetais serão compartilhados e discutidos no II Workshop de Plantas Medicinais do Semiárido no I Simpósio de Cultura de Tecidos Vegetais do Vale do São Francisco. Os eventos acontecem, simultaneamente, entre os dias 7 e 9 de novembro de 2012, no auditório Antônio Carlos Magalhães, do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em Juazeiro (BA).

Fruto de uma parceria entre a Uneb e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido), os eventos representam uma oportunidade para atualizar conhecimentos, discutir possibilidades e estimular as pesquisas nessas áreas. Para tal propósito, foram convidados palestrantes de diversas instituições, com foco em diferentes linhas temáticas.

A realização destes eventos no Vale do São Francisco viabilizará a participação de universitários das instituições locais e regionais, estimulando o interesse pela pesquisa científica. A intenção também é mostrar que, além da fruticultura, a região apresenta outros potenciais para exploração econômica, como o cultivo de plantas medicinais, aromáticas e condimentares e a utilização da cultura de tecidos para a produção de mudas em larga escala.

Estudos para o futuro  - As plantas medicinais apresentam potencial terapêutico e podem ser, num futuro próximo, a fonte de medicamentos fitoterápicos e substâncias bioativas – observa pesquisadora da Embrapa Semiárido Ana Valéria Vieira de Souza. Para ela, os estudos dessas espécies são extremamente relevantes, mas ainda estão apenas começando, tendo em vista o imenso acervo vegetal existente no bioma Caatinga, predominante na região semiárida do Brasil.

Algumas dessas plantas, como a aroeira, a umburana de cheiro e a baraúna, já se encontram na lista do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) para espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção. Diante deste cenário, Ana Valéria aponta o importante papel da pesquisa para a produção e conservação dessas espécies, sendo a cultura de tecidos vegetais uma das principais alternativas.

Essa técnica  é utilizada para o cultivo in vitro de plantas em condições assépticas e pode ser realizada a partir de qualquer tecido ou parte da planta. Por meio desta técnica é possível obter milhares de mudas de plantas isentas de patógenos em um curto período de tempo e espaço físico reduzido. A partir de uma única planta, os clones são reproduzidos em laboratório e mantêm todas as características de interesse da planta matriz.

A professora da Uneb Joselita Cardoso acrescenta que a cultura de tecidos é uma das técnicas de biotecnologia usada para a propagação de plantas e também como ferramenta para melhoramento vegetal. "A obtenção de transgênicos, na maioria das vezes, passa por cultura de tecidos", destaca. 

Programação – Os temas relacionados às pesquisas com plantas medicinais do Semiárido e com a cultura de tecidos vegetais serão discutidos nas diversas palestras que acontecem nos dias 8 e 9, das 8h às 18h. No dia 7 será realizada a abertura oficial do evento, às 19h.

As inscrições já estão abertas e custam R$ 20,00 para estudantes e R$ 30,00 para profissionais. Os interessados podem acessar o site www.medicinaisetecidosvegetais.com.br ou comparecer no DTCS da Uneb das 8h às 12h e das 14h às 17h. Para mais informações, entrar em contato com a Uneb pelo telefone (74) 3611-7363 ou com a Embrapa Semiárido pelo telefone (87) 3866-3808.

Fernanda Birolo (MTb/AC 81)
Embrapa Semiárido

Contatos para a imprensa

Telefone: (87) 3866-3734

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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