27/08/09 |

Projeto em fazenda da Embrapa Pantanal envolve pesquisadores de diversas áreas

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Estabelecer vários tipos de interrelações entre fauna, flora e condições ambientais específicas, como clima, relevo e inundação. Isto feito por meio da divisão em forma de grade do campo experimental da Embrapa Pantanal, como base para estudos multidisciplinares.

Este é o objetivo do projeto  da Embrapa, intitulado ‘Análise multiescala de padrões de biodiversidade para definição de critérios de manejo sustentável em fazendas no Pantanal'. Ele é realizado na área da fazenda Nhumirim, na região pantaneira da Nhecolândia, a 160 quilômetros de Corumbá,MS.

Tendo na coordenação e como vice, respectivamente, os pesquisadores Suzana de Salis e Walfrido Tomás, da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o projeto  teve início em abril de 2008 e se estenderá até março de 2011.

A ideia é estabelecer parâmetros para definição de estratégias de uso sustentável do ecossistema pantaneiro com base em modelagem, ecologia de paisagem, estudos de relação espécie-habitat e respostas a variações naturais e pela ação do homem nos habitats e paisagem, utilizando espécies, comunidades e grupos funcionais como indicadores. "Buscamos relacionar a ocorrência de animais de determinados grupos com a vegetação específica do local, por exemplo", disse Suzana.

Para servir como referência espacial para os estudos, grande parte da fazenda Nhumirim foi dividida em 25 quadrados de 1 Km2. "A cada quilômetro foi demarcada uma parcela permanente, totalizando 30 [marcadas em vermelho na imagem]. Nessas parcelas estão sendo realizadas as observações, medições e coletas de anfíbios, répteis, aves, pequenos mamíferos, morcegos, estudo da ciclagem de carbono, nitrogênio, microbiota do solo, levantamento e acompanhamento da vegetação (espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas)", explica Suzana.

PARCERIA

Nessas parcelas permanentes, trabalham pesquisadores da Embrapa e de instituições parceiras, além de bolsistas de doutorado de várias disciplinas, como fauna (pequenos mamíferos, aves, morcegos, anfíbios e répteis); solos (emissão e retenção de gases do efeito estufa, ciclagem de carbono; microbiologia do solo); vegetação e mudanças climáticas. Foram instaladas, ainda, sete estações climáticas automáticas, em diferentes paisagens nas parcelas permanentes, para monitoramento das condições de chuva, ventos, temperatura e pressão do local.

Os parceiros do projeto, além da Embrapa Pantanal e Embrapa Florestas (Colombo-PR), são as Universidades Federais de Mato Grosso do Sul (UFMS – campi de Campo Grande e Corumbá) e Mato Grosso (UFMT), Centro de Energia Nuclear na Agricultura da USP (Cena), Centro de Pesquisas do Pantanal (CPP), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Fundect) e Universidade de Brasília (UnB).

Na sexta-feira (21), pesquisadores e bolsistas se reuniram na Embrapa Pantanal para compartilhar resultados parciais, discutir problemas encontrados, alinhar cronogramas de coletas entre pesquisadores e redirecionar condutas.

Saulo Coelho Nunes  DRT/SE - 1065Embrapa Pantanal, Corumbá (MS)Contatos(67) 3234-5807saulocoelho@cpap.embrapa.br

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/