01/09/09 |

Projeto sobre ovelhas Booroola recebe recursos para transferência de tecnologia

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A Embrapa Pecuária Sul, unidade de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, recebeu R$ 40 mil para o custeio inicial do projeto de transferência da tecnologia "Aumento do número de cordeiros desmamados através da introdução de mutação Booroola em rebanhos comerciais". Os recursos são provenientes do Programa de Fortalecimento e Crescimento da Embrapa (PAC Embrapa), que tem como um de seus eixos a competitividade e a sustentabilidade da agricultura familiar.

As ações de transferência de tecnologia serão executadas até dezembro de 2010. Estão previstos cursos de capacitação de técnicos multiplicadores da Emater/RS, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/RS) e de prefeituras, além de palestras, Dias de Campo e a participação em feiras de abrangência nacional. O projeto de transferência de tecnologia também contempla a elaboração de publicações, a certificação de reprodutores e a implantação de quatro unidades demonstrativas – duas para a raça Texel e duas para a raça Corriedale – nos municípios de Santana do Livramento, Jaguarão, Pedras Altas e Bagé.

Além da parceria com a Emater e com o Senar, o projeto terá a colaboração do Departamento de Educação Agrícola e Extensão Rural da Universidade Federal de Santa Maria, que participará no acompanhamento das unidades de observação e nas atividades de capacitação.

O "efeito" Booroola

A alta prolificidade das ovelhas Booroola, que proporciona partos duplos ou de mais cordeiros, é causada por uma mutação que ocorreu naturalmente no gene do receptor para proteínas morfogenéticas de osso tipo1 B (BMPR1B). Em 2003, a Embrapa Pecuária Sul iniciou um programa de introgressão assistida por diagnóstico molecular dessa mutação em rebanhos comerciais das raças Texel e Corriedale.

Até o momento, a única diferença identificada nos animais adultos portadores da mutação é um maior número de ovulações nas fêmeas, o que determina o nascimento de mais cordeiros. A mutação não determina alterações de características morfológicas nos carneiros, mas os animais a transmitem para os filhos. Atualmente, após cinco gerações de retro-cruzamento, estarão disponíveis no mercado carneiros das raças Texel e Corriedale portadores da mutação Booroola.

A mutação oferece uma nova opção, que pode permitir ao ovinocultor de base familiar ou empresarial um nível elevado de prolificidade e ainda manter as outras características produtivas desejáveis da raça do seu rebanho original. O uso das ovelhas Booroola em rebanhos comerciais tem o potencial de duplicar o número de cordeiros desmamados por ovelha acasalada numa mesma área pastoril. Entretanto, para obter esse salto de produtividade, o produtor rural deve adotar técnicas de manejo e cuidados com o rebanho de cria e com os cordeiros recém-nascidos.

 

Breno Lobato MTb 9417-MG

Embrapa Pecuária Sul

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