31/08/09 |

Delegação africana conhece pesquisas em biocombustíveis

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A Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, recebeu, na segunda-feira( 24) , uma delegação de representantes do governo da Uganda. A visita foi organizada pela Embaixada do Brasil no Quênia e Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores - MRE, para mostrar pesquisas e experiências nacionais na área de biocombustíveis.

"Além dos aspectos práticos da produção de etanol, os ugandenses estão interessados em saber como se estabelecem bases de pesquisa em matéria agrícola e tecnologia e como se aperfeiçoam as relações entre a academia e o setor produtivo", de acordo com Ana Maria Sampaio Fernandes, embaixadora brasileira no Quênia e junto às Repúblicas do Burundi, Djibuti, Ruanda e Uganda, responsável pela articulação da viagem.

Essa missão representa uma continuidade das ações de cooperação iniciadas pelo governo brasileiro no ano passado, quando cientistas nacionais estiveram na África. Em outubro de 2008, o pesquisador da unidade Fábio Marin e dois professores da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro - Ridesa estiveram em Quênia, Uganda e Ruanda, onde participaram de reuniões técnicas sobre a produção de culturas bioenergéticas e o zoneamento agrícola nesses países.

Em Campinas, os visitantes assistiram a apresentações sobre as principais pesquisas desenvolvidas na Embrapa Informática Agropecuária. Marin demonstrou o zoneamento agrícola, que contempla 42 culturas brasileiras e apresentou os recentes resultados do zoneamento ecológico-econômico da cana-de-açúcar coordenado pela Embrapa. O pesquisador acredita que o Brasil pode compartilhar a tecnologia agrícola, devido à similaridade climática com a região situada no centro-leste do continente africano.

O zoneamento agrícola brasileiro para a produção de grãos representa uma tecnologia extremamente avançada, na opinião de John Francis Osoto Esegu, representante do National Agricultural Research Organization - Naro. Ele considera que a base, que reúne os dados técnicos de clima, solo e temperatura, por exemplo, funciona como uma importante ferramenta para a tomada de decisão pelo governo e órgãos de financiamento e contribui para conciliar os interesses entre a produção de alimentos e de biocombustíveis.

As universidades de Ruanda, Uganda e Burundi estão assinando um acordo para atuação conjunta na área de bioenergia. O professor Mateete Bekunda, da Faculdade de Agricultura da Universidade de Makerere, em Uganda, disse que a instituição pretende desenvolver um projeto para implantar um centro acadêmico e tecnológico de excelência em biocombustíveis, com possível financiamento do Banco Mundial. Por isso, estão empenhados em compartilhar pesquisas e tecnologias que possam ser adaptadas àquele país.

Durante uma semana, a delegação visitou instituições públicas e indústrias do setor de biocombustíveis. Em São Paulo, a programação incluiu encontros com pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos; do Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio da Cana; empresários de Piracicaba, Ibaté e Ribeirão Preto; além de representantes da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos - Abimaq. Os visitantes também conheceram a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP e a Universidade Católica de Petrópolis, no Rio de Janeiro.

Nadir Rodrigues (MTb/SP 26.948) Embrapa Informática Agropecuária Contatos: (19) 3211-5747 - nadir@cnptia.embrapa.br

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