A Embrapa participou, na última sexta-feira (31), do seminário “Fraternidade: a Caatinga e o Rio”, realizado no Centro Cultural Dom Bosco, em Petrolina-PE. O evento, que teve como público diretores, professores e estudantes do terceiro ano do ensino médio, fez parte das ações da Campanha da Fraternidade, organizada anualmente pela Igreja Católica. Nesta edição, o tema escolhido foi “Biomas Brasileiros e a Defesa da Vida”. Durante o seminário, foram discutidas alternativas de preservação ambiental para a Caatinga, a diversidade de espécies do Bioma e as ações prejudiciais para o rio, os animais e plantas da região. A Embrapa Semiárido esteve representada pela pesquisadora Lúcia Kiill, que proferiu uma palestra sobre as “Potencialidades da Caatinga como alternativas para o desenvolvimento do Semiárido”. Além dela, também palestraram o professor e radialista Vitório Rodrigues e o Padre Antonio Moreno. Em sua apresentação, Lúcia Kiill abordou as diversas possibilidades de uso das espécies nativas, com seu potencial forrageiro, ornamental, artesanal. Ela destacou que a Caatinga é uma farmácia viva, com cerca de 400 espécies medicinais, mas que sofre com o extrativismo. “Muita gente consome a casca da aroeira, tecido que serve como proteção da planta. A retirada desse material é feita em menos de 10 minutos, mas é suficiente para comprometer uma planta com 50 anos, que pode vir a morrer. Uma alternativa mais viável é o uso de suas folhas, de onde se pode obter o mesmo produto sem comprometer a espécie”, explica. Segundo a pesquisadora o Bioma Caatinga é tão rico e diverso que ultimamente se tem usado a expressão “Caatingas” para representá-lo. Para ela, o seminário é uma oportunidade de mostrar a importância do Bioma, estimular a preservação através da valorização das suas potencialidades e alternativas para usufruir de seus benefícios sem prejudicá-la.