Dia de Campo na TV - Técnicas reduzem a população de mosca-das-frutas
Dia de Campo na TV - Técnicas reduzem a população de mosca-das-frutas
Este programa foi ao ar no dia 02 de maio de 2014.
O Vale do São Francisco é um dos mais importantes polos de produção de frutas do país, mas tem sido ameaçado com o aumento da população de mosca-das-frutas, e, se não for contido, pode provocar grandes perdas na produção de frutas, com reflexos negativos para a economia.
O prejuízo mais direto da infestação da mosca é na própria fruta com o seu apodrecimento, ficando inviável tanto para a comercialização in natura quando para a agroindústria. No entanto, há ainda o prejuízo indireto com as barreiras quarentenárias, que envolve a perda de mercado externo.
Localizada no Nordeste brasileiro, a região é responsável por cerca de 95% da manga exportada pelo país, e quase 99% da uva de mesa, além de produzir outras frutas como a goiaba, acerola e a carambola. No Vale, a temperatura média anual em torno dos 26ºC é propícia para a proliferação desses insetos, que vivem em uma variação de 25º a até 35ºC.
Além disso, como a região produz uma grande variedade de frutas que são atacadas pela mosca, e elas frutificam durante todas as épocas do ano, a praga nunca interrompe seu ciclo, pois sempre encontra hospedeiros para colocar seus ovos.
A espécie de mosca mais comum é a Ceratitis capitata, também conhecida como mosca do mediterrâneo, ou moscamed. A mosca possui mais de 200 hospedeiros, e se adapta facilmente a novos frutos ou a condições climáticas diferentes.
Os produtores são os principais interessados na eliminação da praga e são também os mais importantes agentes para evitar que ela se prolifere. A presença da mosca-das-frutas é monitorada em todos os pomares que produzem frutas para a exportação.
O monitoramento é o primeiro caminho a ser tomado, e é feito através de armadilhas. Elas atraem os insetos adultos, permitindo a detecção da presença de moscas no pomar. A medida mais importante a ser tomada pelos produtores é o controle cultural, que consiste em não deixar frutos caídos no solo, pois isso permite a continuidade do ciclo de vida da mosca. Outras alternativas recomendas são: a criação de galinha de angola na área logo após a colheita, pois elas retiram do solo as pupas das moscas, e a aplicação de inseticidas.
Existem ainda outras opções de controle, mas de acesso mais restrito, como as técnicas que serão indicadas no programa, que podem diminuir ou até mesmo a eliminar o ataque da mosca-das-frutas nos pomares.O programa apresentará ainda informações sobre o ciclo de vida e as características dos insetos para que os produtores entendam como a praga se reproduz.
Saiba como sintonizar.
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Fernanda Birolo (MTb/AC 81)
Embrapa Semiárido
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