Junho/2009 - 3ª semana - Região Sul

O produtor que quiser aumentar a produção leiteira sem aumentar custos deve se preocupar com a alimentação dos animais. Segundo Renato Fontaneli, pesquisador da Embrapa Trigo (Passo Fundo/RS), a alimentação é um dos principais fatores que compõem o custo do rebanho. O pasto, além de ser o melhor alimento para o gado de leite, também é a opção mais barata para o produtor.

No sul do país, a maioria dos produtores de leite tem pequenas propriedades. E para quem não pode expandir seus pastos, ou seja, comprar mais terras, a solução é  intensificar a produção, isto é, aumentar os lotes com uma programação para produzir forrageiras ao longo do ano. "Essa é a escolha que o pecuarista precisa fazer para manter ou aumentar a produção de leite, disponibilizar pastagens de qualidade e em volume suficiente para o retorno animal", destaca o pesquisador.

Segundo ele, uma vantagem que os pecuaristas do sul do país encontram é a possibilidade de cultivar pastagens o ano inteiro. "No entanto, nem sempre é possível manter o rebanho alimentado só com o pasto. Nesses casos, a recomendação é usar um feno e silagem que custam menos do que comprar ração", diz Fontaneli.

No Prosa Rural desta semana, a Embrapa Trigo explica como fazer um reforço de pasto no inverno, produzindo de forma eficiente aveia preta e azevém, acrescentando, ainda, os trigos forrageiros que a Embrapa disponibiliza para o produtor. "Existem diversas alternativas de pastagens. O produtor precisa planejar uma rotação que seja adequada às necessidades do seu rebanho", afirma o pesquisador.

Portanto, planejar quais as espécies que se  vai cultivar, e, dentre essas espécies qual é a melhor cultivar, é a recomendação para minimizar os períodos de escassez, que é a transição entre os pastos de verão e inverno, o chamado vazio outonal.

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