Prosa Rural - Processamento mínimo para aumento da vida útil do morango
Prosa Rural - Processamento mínimo para aumento da vida útil do morango
Junho/2009 - 2ª semana - Região Centro-Oeste/Sudeste e Região Sul
O processamento mínimo é uma série de procedimentos que podem ser adotados na pós-colheita de alimentos com o intuito de oferecer um alimento pronto para consumo e, com isso, agregar valor no momento da venda. No caso do morango, fruto muito sensível ao ataque de fungos, bactérias e vírus, as perdas na etapa de pós-colheita podem ser superiores a 50%. Além de diminuí-las, o processamento mínimo pode aumentar a vida útil do morango, que normalmente é de dois ou três dias, para até oito dias.
A procura por produtos minimamente processados tem despertado o interesse de produtores e consumidores. Além de contribuir para a redução do desperdício de alimentos desde a colheita até o consumo, o processamento garante praticidade e melhor conservação de nutrientes e aspectos sensoriais de frutas e hortaliças, como aromas e sabores.
A tecnologia de processamento mínimo de morango é relativamente simples, podendo ser adotada por produtores, associações de produtores e pequenas agroindústrias. Consiste na melhor organização dos seguintes processos pelos quais o alimento passa após ser colhido no campo: recepção da matéria-prima, pré-resfriamento, seleção, sanificação, enxágüe, corte, drenagem, embalagem, pesagem e armazenamento e transporte refrigerados. Durante o Prosa Rural, o pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Sérgio Cenci, explica, passo-a-passo, que cuidados devem ser tomados em cada uma dessas etapas.
"Produtores e processadores de alimentos deveriam atentar para as vantagens do processamento mínimo de frutas e hortaliças. Prolongar a vida útil, agregar valor ao produto, reduzir perdas e evitar o desperdício de alimentos estão na ordem do dia", aconselha o pesquisador.
O programa traz ainda o depoimento de um produtor do estado do Rio de Janeiro que adotou, há cinco anos atrás, o processamento mínimo de hortaliças. Francisco Epifânio, dono de um rancho em Teresópolis, fala sobre as vantagens da técnica que, segundo afirma, foi uma demanda de seus clientes, donos de hotéis e restaurantes.
Região Centro-Oeste/Sudeste
Região Sul
João Eugênio Diaz Rocha
Embrapa Agroindústria de Alimentos
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