Outubro/2008 - 3ª semana - Região Centro-Oeste/Sudeste

O produtor de feijão que está interessado em obter boa produtividade deve estar atento para um dos fatores-chave do plantio: o planejamento do arranjo espacial das plantas. Mesmo sendo muitas vezes esquecida, essa etapa influencia todas as demais etapas da produção.

Combinando espaçamento e densidade de plantio, o produtor pode ter melhor controle do consumo de sementes e do surgimento de plantas daninhas. Além disso com o arranjo correto, pode diminuir a incidência de doenças e, por fim, obter ganhos de produtividade.

Segundo o pesquisador Corival Cândido da Silva, antes de se pensar no arranjo espacial é importante também obter sementes de feijão com qualidade, uma vez que sem elas, a produtividade continua em risco. Por isso o produtor deve observar o índice de germinação constante no boletim de análise presente nas embalagens das sementes, que deve ser acima de 75%. Caso o produtor utilize sementes guardadas de safras anteriores, ele mesmo pode realizar o seu teste de germinação: basta colocar o número exato de 100 sementes num canteiro e observar o número de plantas que emergem dentro de sete dias. O número de plantas germinadas será igual ao índice de germinação.
Feito isso, o produtor pode passar a planejar o seu arranjo espacial que, na verdade, é resultado de dois elementos: o espaçamento e a densidade. O espaçamento corresponde à distância entre linhas, que deve ser entre 40 e 50 centímetros. Já a densidade se refere ao número de plantas por metro de linha, atingindo um resultado próximo de 10 plantas por metro de linha.

Corival orienta ainda que o produtor que for fazer o plantio manual regule a matraca de forma a caírem três sementes de feijão de vinte em vinte centímetros. Mas um alerta deve ser feito. Não adianta aumentar o número de sementes para além do recomendado, pois corre-se o risco de aumentar as perdas na lavoura, com gastos desnecessários de sementes, aumento da incidência de doenças e redução do tamanho e qualidade dos grãos.

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