01/11/07 |   Agricultura familiar

Prosa Rural - Manejo e utilização de dejetos de suínos

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Novembro/2007 - 1ª semana - Região Centro-Oeste/Sudeste

Os dejetos dos suínos podem poluir fontes de água, o solo e o próprio ar se forem lançados no meio ambiente sem tratamento. Por outro lado, quando tratados da maneira correta, podem ter grande utilidade, sendo usados como fertilizantes em diversas culturas agrícolas, por exemplo.

Paulo Armando de Oliveira, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, explica que existem duas linhas de trabalho para quem pretende fazer um bom aproveitamento dos dejetos da suinocultura: "Uma é a que trata o dejeto líquido através de lagoas, biodigestores ou unidades compactas de tratamento. Outra linha é a transformação dos resíduos em resíduos sólidos através de camada sobreposta ou da compostagem". A adoção de uma dessas linhas depende do tipo e do tamanho de cada propriedade. Oliveira só acrescenta que "hoje não é mais admissível uma propriedade que não tenha uma gestão adequada de resíduos".

O pesquisador Egídio Arno Konzen, na Embrapa Milho e Sorgo, também participa do programa, explicando as vantagens de se tratar os dejetos da suinocultura, utilizando-os como fertilizantes em culturas agrícolas. "Primeiro é o benefício econômico porque você pode substituir parcialmente ou totalmente, algumas vezes, o adubo químico. E ambientalmente ele tem um grande apelo: se utilizado corretamente ele não provoca agressão ambiental, ao contrário, beneficia o solo e alimenta bem as culturas agrícolas", explica.

O Prosa Rural traz ainda a participação de Rômulo Gontijo, proprietário de uma granja em Bom Despacho, Minas Gerais. O produtor utiliza biodigestores (tanques protegidos do contato com o ar) onde os dejetos dos suínos são metabolizados, liberando duas substâncias: o biogás, que pode virar energia, e o biofertilizante, que pode ser usado como adubo orgânico. Além de utilizar o biofertilizante em sua própria granja, Gontijo mantém parceria com uma fazenda produtora de feno e precisa de reposição de matéria orgânica. Sobre a produção de energia, afirma que é uma realidade. "Nós alimentamos motores movidos a gás e esses motores movem geradores que substituem a energia elétrica que nós comprávamos. E hoje estamos em teste com uma empresa brasileira que está funcionando muito bem."

Região Centro-Oeste/Sudeste

 

Clênio Araújo
Embrapa Milho e Sorgo / Embrapa Suínos e Aves

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Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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