29/10/07 |   Produção animal

Prosa Rural - Medidas de controle sanitário do rebanho bovino

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Outubro/2007 - 5ª semana - Região Centro-Oeste/Sudeste

A incidência de doenças e de parasitas, quando não controladas, prejudicam o desempenho produtivo do rebanho e comprometem o produto colocando em risco o seu consumo. Além disso, o investimento de capital precisa ser protegido contra os riscos sanitários presentes no sistema, e nada melhor que adotar práticas de manejo sob orientação técnica visando garantir o retorno esperado.

Durante o programa, o pesquisador Pedro Paulo Pires traz orientações que ajudam os pecuaristas a manter seus rebanhos saudáveis e em condições de produzir derivados de boa qualidade. Algumas das principais medidas preventivas recomendadas são: estabelecer um cronograma anual de controle sanitário e reprodutivo do rebanho sob orientação de um médico-veterinário; seguir o calendário de imunização preventiva e obrigatória do rebanho contra a aftosa, brucelose e raiva; fazer o controle estratégico de endo e ectoparasitas; utilizar vacinas e medicamentos aprovados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); observar as recomendações para aplicação, conservação, transporte e armazenamento de vacinas e medicamentos; após vacinar cada grupo de dez animais, substituir a agulha por outra limpa e esterilizada.

É recomendável ainda vermifugar todas as vacas uma vez ao ano para diminuir a infestação de larvas no pasto, e como medida preventiva para os bezerros que nascem neste período. A mosca-dos-chifres, o carrapato e o berne podem ser controlados na estação chuvosa quando suas populações são altas ou quando os animais se sentirem incomodados. Como auxiliar no controle do berne e bicheiras, deve-se manter limpo currais e esterqueiras e enterrar carcaças. O carrapato deve ser controlado estrategicamente a partir de setembro – quando inicia a chuva, repetindo o tratamento mais três vezes com intervalos de 21 dias.

Quanto aos cuidados com os bezerros, Pedro Paulo Pires enfatiza a importância da primeira mamada. O animal recém nascido precisa ingerir o colostro, o primeiro leite que a vaca produz logo após o parto. Se a mãe rejeitou o filhote ou morreu, o produtor deve providenciar o colostro de outra vaca. O pesquisador fala ainda da possibilidade de usar colostro congelado, que deve ser aquecido antes de ser servido ao bezerro. O colostro é importante porque imuniza o bezerro. Pires fala ainda sobre a cura do umbigo, importante para evitar contaminações por agentes infecciosos, bicheiras que podem levar o animal à morte.

O bezerro é a categoria animal mais susceptível às doenças e onde há o maior registro de perdas por morte ou seqüelas. Por isso, o manejo sanitário de bezerros assume uma função estratégica importantíssima no sistema de produção.

Região Centro-Oeste/Sudeste

 

Eliana Cezar Silveira
Embrapa Gado de Corte

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Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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