01/10/07 |   Agroecologia e produção orgânica  Produção vegetal

Prosa Rural - Melancia de cavalo para alimentação animal durante a seca

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Outubro/2007 - 1ª semana - Região Semiárido

A melancia forrageira (Citrullus lanatus cv. Citroides), também conhecida como melancia-de-cavalo, melancia do mato ou melancia-de-porco, é originária da África e foi trazida para o Brasil pelos escravos. Aqui se adaptou às condições do Nordeste e se espalhou através de cruzamentos naturais com outros tipos de melancia. A sua polpa é branca, consistente, com baixo teor de sacarose, daí não ter boa aceitação para o consumo humano. A melancia-de-cavalo vem sendo utilizada na alimentação animal por pequenos criadores do Nordeste há muito tempo mas, recentemente, como conseqüência das últimas secas que castigaram a região, a sua utilização cresceu, com a intensificação dos plantios principalmente na Bahia e em Pernambuco.

A melancia forrageira é um alimento considerado de boa qualidade. Estudos realizados pela Embrapa Semiárido indicam que ela contém, em média, 90% de água e 10% de matéria seca, com 7 a 10% de proteína, sendo muito rica em sais minerais. A digestibilidade é da ordem de 60%. Por ser uma planta rústica e resistente às doenças, não apresenta dificuldades para ser cultivada. Necessita, apenas, ser limpa uma ou duas vezes durante o seu ciclo vegetativo, que é de cerca de 90 dias. A adubação é opcional, podendo ser feita com esterco produzido na própria fazenda, colocando-o na cova, antes do plantio.

Dependendo do número de animais a serem alimentados, a melancia-de-cavalo pode ser fornecida picada em máquinas forrageiras, como a usada para a palma, ou picada no facão. Não deve ser fornecida como fonte única de alimento pois, devido ao seu elevado teor de água (90%), os animais não conseguem atingir o consumo de matéria seca que necessitam. Assim, recomenda-se o fornecimento de melancia equivalente a 1/3 do consumo diário de matéria seca, ou seja, aproximadamente, 30 a 40 kg de melancia/dia, para cada animal adulto.

Detalhes sobre as características da planta, como deve ser fornecida aos animais, assim como orientações quanto ao seu cultivo são dadas durante o programa pelos pesquisadores Emanuel Donald, da Embrapa Tabuleiros Costeiros, e José Newton, da Embrapa Semiárido.

Região Semiárido

 

Sayonara Marinho Soares Borges
Embrapa Tabuleiros Costeiros

Contatos para a imprensa

Telefone: (79) 4009-1344

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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