23/07/19 |   Transferência de Tecnologia

Dia de campo aborda recuperação de áreas degradadas nos parques eólicos de Casa Nova, na Bahia

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Foto: Katellyn Nascimento

Katellyn Nascimento -

Os trabalhos de recuperação das áreas que foram degradadas para a pavimentação das estradas para implantação dos parques eólicos de Casa Nova, na Bahia, foram apresentados em dia de campo, realizado no dia 17 de julho. Este foi o primeiro evento para apresentação dos resultados alcançados em projeto coordenado pela Embrapa Semiárido e a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf).

O dia de campo contou com a presença de 120 participantes, entre produtores, dirigentes municipais, técnicos de órgãos ambientais, professores e estudantes. Na ocasião, eles puderam observar o atual estágio da recuperação do espaço com espécies nativas do bioma Caatinga, bem como conhecer a metodologia empregada neste trabalho. O evento abordou ainda, temas como as principais características dos solos das áreas degradadas para a construção das estradas dos parques eólicos, conhecidas como jazidas, e o uso de drone como apoio para mapeamento nos trabalhos do campo.

“Foi preciso analisar e fazer o manejo do solo, para dar condições às espécies implantadas. Elas foram distribuídas de modo aleatório, e nós acompanhamos o desenvolvimento das plantas, atendendo às suas necessidades com um sistema de molhação, utilizando água de poços artesianos, além do uso de adubo", explica o engenheiro agrônomo da Embrapa Semiárido Francisco Pinheiro de Araújo, responsável pela recuperação das áreas.

 “A preocupação inicial do repovoamento das plantas da Caatinga era o reestabelecimento das raízes, que é um processo complicado. Algumas mudas são plantadas mais de uma vez até que dê certo. É um desafio reflorestar a Caatinga, mas Casa Nova tem o privilégio de ter fatores favoráveis, como um subsolo permeável”, explicou Manoel Mota, representante do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), órgão ambiental que licenciou a construção dos parques e fiscaliza as ações para amenizar os danos ambientais causados pelas obras. 

Seu Ademar de Castro, dono da jazida onde foi realizado o evento, acompanha o trabalho de perto e acredita nos bons resultados: "Pra um trabalho que começou em janeiro, já tô vendo grande vantagem, com o açude que criaram, o poço artesiano pra molhar as plantinhas, porque não é fácil, não, mas aqui já tem uma esperança pra gente".

Prefeito do município, o Wilker Torres, acredita que “a população tem recebido muito bem e abraçado esse trabalho da Embrapa e da Chesf, junto com a prefeitura, de tentar amenizar os impactos nessas áreas”. O presidente da Câmara de Vereadores, Patrick de Souza, complementa: “Quando se envolve a população em um projeto tão importante como esse, se ganha ainda mais valorização no seu contexto”.

O dia de campo também foi uma oportunidade para agregar conhecimento aos estudantes do município. "Nós acreditamos que, com essas palestras, eles fossem perceber as melhorias que foram feitas na região, além da questão de inserir as novidades e, principalmente, o uso dessas novas tecnologias”, afirma Sioleide Cavalcante, professora do Centro Educacional Antônio Honorato.

O projeto

O projeto “Ações de desenvolvimento para produtores agropecuários do entorno dos parques eólicos de Casa Nova- BA”, conhecido como “Eólicas de Casa Nova”, é fruto de mais uma parceria entre a Embrapa Semiárido e Chesf, com o apoio da prefeitura municipal. Contempla ações de responsabilidade social para minimizar os impactos da implantação dos parques eólicos na região. 

Assim, com financiamento da Chesf, a Embrapa aplica métodos, meios e instrumentos resultados de suas pesquisa aos sistemas de produção agropecuários, visando o incremento da produtividade, a redução dos custos de produção e a melhoria da qualidade de vida dos produtores familiares, sempre alinhados aos aspectos ambientais.


Avaliando o desenvolvimento do projeto e o dia de campo,  Nevio Spadoa, representante da Chesf, observou resultados positivos "o evento cumpriu com a expectativa, e o trabalho que vem sendo feito é de alto nível, com profissionais de gabarito que vem fazendo tudo muito bem", comenta.
 
O projeto deve beneficiar diretamente 82 agricultores familiares, além de outros 1.050 indiretamente, com a implantação ou melhoria de sistemas de produção de leite e de produtos alimentares, da fruticultura de sequeiro e criação racional de abelhas.

Katellyn Nascimento (Colaboradora)
Embrapa Semiárido

Fernanda Birolo (MTb 81/Ac)
Embrapa Semiárido

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Mais informações sobre o tema
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