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Pinhão chama atenção pelo valor nutricional e uso em novos produtos

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Foto: Dayanne Mendes

Dayanne Mendes -

A pesquisadora Cristiane Helm, da Embrapa Florestas, falou sobre o valor nutricional do pinhão e potencial de uso, durante o Painel "Serviços Ambientais, Agroindústria e Comércio”, realizado em 26/11.

Segundo a pesquisadora, “hoje o mundo tem discutido muito a questão de economia circular, produtos baseados em plantas e bioprodutos, o que nos leva a ter o pinhão como um alimento que atende a estes itens”.

A composição nutricional do pinhão tem sido pesquisada pela Embrapa Florestas desde 2008, com diversas linhas de pesquisa. “O maior componente do pinhão é o amido, além de ser fonte de vários minerais essenciais para a saúde humana, como cálcio, ferro, fósforo, manganês, magnésio, como também ter baixo teor de sódio, baixo índice glicêmico e ser fonte de fibras”, resume Helm. “Um aspecto importante é que o pinhão não tem glúten, o que representa um grande potencial para alimentação de celíacos, que hoje representam 1% da população mundial”, completa a pesquisadora.

Em média, um pinhão é composto por 75% de amêndoa e 25% de casca e uma das descobertas é que a casca tem um grande valor nutricional, especialmente em compostos fenólicos. “Por isso, o pinhão tem muitas possibilidades de uso: casca, amêndoa, casca+amêndoa, e até mesmo as falhas da pinha e a água do cozimento do pinhão”, comemora. “Mas o aproveitamento integral dos benefícios do pinhão é mais efetivo quando usamos a casca junto”, explica.  

A pesquisadora, então, apontou duas linhas de trabalho: uma para atender agroindústrias, com a farinha de pinhão, um produto sem glúten, sem lactose, baixos teores de sódio e gordura, amido resistente e fibra alimentar. Com a farinha já foram feitos testes com bolos, muffins, burgers, barrinhas de cereais e cookies. Já no atendimento a indústrias de alimentos, a novidade é o gel de pinhão, que pode atuar como espessante, gelificante, aditivo natural e até mesmo corante natural, além de mascarar o sabor amargo da casca. “Acreditamos que seja um produto de interesse para indústrias de alimentos, cosméticos e farmacêuticos”, analisa Helm.  “Ou seja, da pinha e do pinhão, aproveitamos tudo. Um belo exemplo de economia circular”, comemora a pesquisadora. 

A palestra de Cristiane Helm e as demais palestras que compuseram esse painel estão disponíveis no Canal da Embrapa no Youtube.

https://www.youtube.com/watch?v=UfDOE7gpLWk&feature=emb_logo&ab_channel=Embrapa

 

O evento on-line “Araucária: Pesquisa, Inovação e Tecnologias para Sistemas de Produção” é organizado pela Embrapa Florestas e conta com a parceria do IDR-Paraná, Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Katia Pichelli (MTb8330 PR)
Embrapa Florestas

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www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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