29/10/22 |   Convivência com a Seca

Embrapa e Instituto Luss discutem cooperação produtiva para o semiárido

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Foto: Elson Fontenele

Elson Fontenele -

Guto Oliveira, gestor do Instituto Luss - Logística Unindo Solidariedade e Sustentabilidade, e a Embrapa Meio-Norte, por meio da sua equipe gestora, reuniram na última quinta (27) para tratarem de projetos futuros para o desenvolvimento produtivo local em São Raimundo Nonato e região.

Pela Embrapa, estiveram presentes à reunião Anísio Ferreira Lima Neto, chefe-geral da Meio-Norte; Teresa Viola, chefe de Transferência de Tecnologia; Kaesel Damasceno, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento; Paulo Fernando Vieira, chefe de Administração; Adão Cabral, supervisor do Setor de Implementação de Prospecção e Tecnologias - SIPT, e Cândido Athayde, assessor da Chefia Geral. O encontro entre as instituições é um desdobramento de uma prospecção realizada no primeiro semestre por Teresa Viola e por Adão Cabral nos municípios de São Raimundo Nonato e adjacências .

O Instituto Luss é uma organização não governamental que atua há três anos nas dezenas de comunidades em São Raimundo Nonato e região. O Instituto atua por meio de ações de promoção de acesso à água, de segurança alimentar e de ativação econômica das famílias. Segundo Guto Oliveira, a seleção de comunidades é precedida por um rigoroso diagnóstico para verificar se o problema da comunidade está dentro do escopo do Instituto. Se a comunidade atende às condicionalidades para o trabalho, a ação é iniciada e o monitoramento passa a ser permanente, incluindo a avaliação de impacto no território da ação.

Além do Instituto Luss, na região, há atores privados e de terceiro setor (organizações não governamentais com ações sociais de interesse público), que tem ações na região visando a inserção social e econômica, a exemplo da Diaconia de São Raimundo,  Apaspi, Cáritas etc. No segmento privado, a VERT- marca calçadista franco-brasileira - é uma empresa com parceria produtiva com as comunidades na cadeia do algodão orgânico e importante compradora da produção local. “Para 2023, o trabalho do Instituto Luss continua aumentando o número de comunidades atendidas, construindo cisternas para segurança hídrica e produtiva, capacitando lideranças comunitárias e atuando na construção de trilhas entre os parques conforme padrão internacional. E, aqui, estamos buscando a Embrapa” declarou Guto.

“Nesse contexto, a Embrapa soma-se aos atores oferecendo as tecnologias para a produção sustentável no semiárido piauiense. Temos várias que podem ser aplicadas para a realidade da região, ao tempo que sabemos que não é apenas a cultivar a ser trabalhada, é saber se o homem está apto para aquela atividade", sentenciou Anísio Lima, chefe-geral da Embrapa Meio-Norte.  "É possível a transformação do semiárido com a produção sustentável. Temos vários exemplos de sucesso, como os queijos de cabra apresentados na feira internacional de Paris", acrescentou Anísio.

Entre os temas e as tecnologias disponíveis para o desenvolvimento econômico da região, há o algodão,  o feijão-caupi, a apicultura, a produção de pequenos animais- ovinocaprinocultura e galinhas caipiras, o Sisteminha Embrapa-UFU-Fapemig e as hortaliças.

Segundo Anísio, a ciência e a tecnologia devem ser os atrativos a nortear as pessoas para se fixarem no campo, especialmente os mais jovens, filhos dos agricultores, para que a sucessão no campo aconteça. “Temos que apresentar as tecnologias poupadoras de mão de obra presentes no portfólio da Embrapa”. Para Guto, as pessoas ficam no seu lugar de origem desde que haja condições. "As pessoas não precisam ir ao sudeste, para São Paulo, desde que haja água, emprego e renda. O Instituto trabalha para essa transformação”, disse Guto.

Entre os encaminhamentos, Guto Oliveira seguirá com as articulações com a Diaconia e a empresa Vert, com base nas tecnologias que a Embrapa possui e que pode agregar valor na atividade da produção de orgânicos e de base agroecológica. Após esse alinhamento, será estudada uma proposta de projeto de cooperação técnica ou de inovação social para as buscas de financiamento. “Vislumbramos grandes estratégias para essa região”, finalizou Teresa Viola.

 

Núcleo de Comunicação Organizacional, com informações de Patrícia Rocha
Meio-Norte

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