21/11/22 |

Embrapa e INPE estudam a concentração de gases do efeito estufa na Caatinga

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

Foto: Diana Signor

Diana Signor -

Pesquisadores da Embrapa Semiárido (Petrolina-PE) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) vêm estudando a concentração de gases do efeito estufa no bioma Caatinga. O intuito é entender como as dinâmicas produtivas e condições ambientais do bioma influenciam nas emissões desses gases. As informações obtidas ajudarão a propor alternativas para a redução dos impactos do aquecimento global na região.

Os trabalhos fazem parte do projeto Nexus, que pesquisa de forma participativa os biomas Cerrado e Caatinga. O projeto conta com apoio financeiro da FAPESP e parceria de diversas instituições. No Bioma Caatinga, estão sendo avaliadas as emissões e concentração em áreas de vegetação nativa, agricultura e pastagem para três gases do efeito estufa: o dióxido de carbono, o metano e o óxido nitroso.

São realizadas pesquisas em áreas pastejadas destinadas à criação de pequenos ruminantes, com avaliação das emissões do solo e do metano proveniente dos animais.  Na agricultura, são feitas coletas em áreas de produção de uvas irrigadas no Vale do São Francisco.

As avaliações acontecem em diferentes épocas do ano. Os dados coletados são associados às informações de temperatura, umidade do solo e dióxido de carbono atmosférico monitorados na torre micrometeorológica da Embrapa Semiárido, que monitora há 12 anos uma área de caatinga nativa na sede da Instituição.

Os resultados obtidos têm mostrado que, na maior parte do tempo, a Caatinga funciona como um dreno de gás carbônico. “Durante os anos de seca prolongada, ela funcionou como emissora de carbono para a atmosfera'', aponta a pesquisadora da Embrapa Semiárido Magna Soelma de Moura, responsável pela avaliação dos dados da torre.

A cientista ressalta a importância do trabalho para a ampliação do conhecimento sobre o comportamento da Caatinga e sua atuação como emissora ou sumidouro de carbono e outros gases do efeito estufa.  “Entender o desempenho desses gases nos diversos sistemas de produção da Caatinga é fundamental para modelar seu comportamento no futuro, ajudando a promover a conservação e uso sustentável desse bioma”, completa a pesquisadora.

 

Workshop

Por meio do Projeto Nexus, no final de outubro foi realizado o workshop ‘Gases do efeito estufa em paisagens do bioma Caatinga’, evento que reuniu a equipe da Embrapa, UNIVASF e do laboratório de Biogeoquímica do INPE.

O Workshop contou uma programação técnica, que envolveu palestras, treinamentos e visitas à torre micrometeorológica, no campo experimental da Embrapa Semiárido. Também foram realizadas avaliação das emissões em área de vegetação de caatinga e coletas em experimentos com caprinos.

Clarice Rocha (MTb 4733/PE)
Embrapa Semiárido

Contatos para a imprensa

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

Encontre mais notícias sobre:

semiaridocaatingaefeito-estufa