17/03/23 |   Agricultura familiar  Mecanização e Automação  Produção vegetal  Transferência de Tecnologia  ILPF  Convivência com a Seca

Sisaleiros da Bahia recebem treinamento de atualização tecnológica da Embrapa e parceiros

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Foto: Assessoria SENAR-BA

Assessoria SENAR-BA - Momento do treinamento em que Gondim (de camisa lilás) tira dúvidas sobre implantação de viveiros

Momento do treinamento em que Gondim (de camisa lilás) tira dúvidas sobre implantação de viveiros

Os sistemas produtivos para o cultivo do sisal foram alvos de diversas atualizações tecnológicas, do ponto de vista agronômico, nos últimos anos. Para fazer um upgrade no estoque de conhecimento dos agricultores é que o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e a Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) realizaram nos dias 14 e 15 um treinamento, em Conceição do Coité (BA).

A capacitação, que teve o apoio também do Sindicato dos Produtores Rurais de Conceição do Coité, de produtores da região e da Secretaria de Agricultura do município, abordou aspectos gerais da cadeia produtiva dessa fibrosa, desde o planejamento da lavoura até aspectos gerenciais, como os custos de produção e a viabilidade econômica desse investimento agrícola.

Waltemilton Cartaxo, analista da área de Transferência de Tecnologia da Embrapa Algodão (Campina Grande – PB), e um dos ministrantes do curso, disse que a ideia da capacitação é oferecer informações atualizadas para que os produtores possam fazer uma boa escolha e conheça as características da área escolhida para a implantação do cultivo na região semiárida baiana. 

Os agricultores participantes da capacitação receberam também informações mais detalhadas sobre o tipo, produção e seleção de mudas e sobre a instalação de viveiros. Aspectos sobre o manejo de solo e adubação, fertilidade do solo, preparo para plantio, calagem e adubação, plantio, adubação orgânica, tratos culturais, controle de pragas, doenças e ervas daninhas também contaram da grade da programação do treinamento, que ocorreu nas fazendas Vitória, Cajazeiras e Morrinhos.

Outro momento importante foi no módulo sobre integração sisal-caatinga. Os especialistas da Embrapa também demonstraram novidades nas áreas de mecanização, aproveitamento de resíduos (cobertura morta), colheita e pós-colheita, mucilagem (alimentação animal), suco como bioinseticida. Os agricultores também receberam orientações importantes sobre o transporte e armazenamento da fibra. 

A capacitação foi apoiada ainda pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb). “No total, o treinamento teve duração de 16 horas e compreende as principais recomendações técnicas para produzir uma maior quantidade de folhas de sisal, com produtividade, qualidade, percorrendo todo o processo produtivo, desde o planejamento, produção, beneficiamento até a comercialização. Para esse primeiro momento mobilizamos nossos técnicos que atuam aqui na região sisaleira”, informou o assessor técnico da Diretoria de ATeG do Senar, Mauro Faria.

Ele destacou que os técnicos capacitados já atuam como multiplicadores e que cada um deles ficará responsável por acompanhar 30 produtores locais. “Estamos apenas iniciando os trabalhos com a capacitação desses técnicos que já atuam na região, transformando a vida dos produtores rurais. A nossa ideia é implantar em pouco tempo um projeto maior, aumentando o número de atendimentos de produtores e, com isso, fortalecer o desenvolvimento da cadeia produtiva do sisal na região”, disse Faria.

Para o pesquisador Alderi Emídio Araújo, chefe-geral da Embrapa Algodão, que também esteve no evento e deu palestra sobre o problema da podridão vermelha do tronco do sisal, o projeto, iniciado em novembro do ano passado, tem como ideia principal promover melhorias no sistema de produção do sisal, agregando mais tecnologia, para que a cultura seja mais produtiva e rentável ao produtor e motor de desenvolvimento social na região. Araújo lembra que essa iniciativa se coaduna com o compromisso da Embrapa em contribuir efetivamente par ao alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU, principalmente o 01, 02, 08, 10, 12 e o 17.

Além de Waltemilton e de Alderi, a Embrapa Algodão designou para o treinamento os pesquisadores Gilvan Barbosa Ferreira e Tarcísio Marcos De Souza Gondim, que abordaram questões relacionadas a vários aspectos sobre o manejo da planta.

Dalmo Oliveira da Silva (0859 | MTE-PB)
Embrapa Algodão

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