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Equipe da Embrapa Agroenergia ministra curso em Barbalha-CE

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Divulgação - Curso em Barbalha-CE

Curso em Barbalha-CE

A equipe da Embrapa Agroenergia, em conjunto com a Embrapa Algodão, participante do projeto " Inovação social na região Nordeste do Brasil com a cadeia produtiva da macaúba", que é liderado pela pesquisadora Simone Favaro, ministrou o curso “Capacitação em controle financeiro das atividades relacionadas à exploração da macaúba”, em Barbalha-CE, no último dia 17. O curso, com duração de quatro horas, foi destinado a produtores familiares que atuam na produção e comercialização de óleo de macaúba na Associação de Moradores e Agricultores Rurais do Sítio Boa Esperança, além de técnicos agrícolas, estudantes e professores da escola agrícola do município.

Segundo a equipe, o objetivo do treinamento foi passar conhecimentos e técnicas de controle financeiro de atividade produtiva para os beneficiários do projeto. “A ideia da capacitação foi de torná-los capazes de estimar o custo de produção por unidade de produto (custo médio) que, no caso, é o litro de óleo de macaúba, de forma a determinar o preço mínimo de venda que garanta a remuneração de todos os fatores produtivos envolvidos no processo, inclusive a própria mão-de-obra dos agricultores familiares”, explicou a pesquisadora Rosana Guiducci, responsável pelo curso. 

Durante o evento, foram trabalhados os tópicos “O que é controle financeiro?”, “ A minha atividade produtiva é economicamente viável?”, “ Lucro ou prejuízo?”, “ Determinando o custo de produção – estudo de caso”, “Análise de custos versus preço de comercialização”, “ Monitoramento e controle financeiro da atividade produtiva” e “Como tornar minha atividade produtiva viável economicamente?”.

No total, estiveram presentes 18 pessoas entre agricultores rurais, extrativistas, técnicos agrícolas, estudantes e professores da escola rural. No curso, o grupo fez a sistematização e análise dos seus custos de produção em uma dinâmica participativa.

“Com base no interesse demonstrado e nas manifestações feitas por eles no local, avalio que o treinamento foi bastante proveitoso para os participantes”, disse Guiducci. De acordo com a pesquisadora, as atividades com a macaúba são bastante promissoras na região de Barbalha.

“Há bastante potencial para estruturar uma cadeia produtiva em torno da macaúba na região de Barbalha. Todavia, é necessário que ações e atores se juntem para tornar este potencial uma realidade. Neste contexto, a Embrapa Agroenergia vem contribuindo na geração de conhecimento aplicado ao processo produtivo em si da macaúba e produtos derivados, além de produzir informações com vistas a despertar o interesse dos demais atores, formadores de opinião e formuladores de políticas públicas, essenciais para avançar na estruturação de uma cadeia de valor em torno desta palmeira”, disse Guiducci.

 

Reunião no local

De acordo com a pesquisadora Simone Favaro, a participação efetiva dos agricultores durante o curso demonstra o interesse por permanecer na atividade. No entanto, segundo ela, ficou evidente também a necessidade de melhorar a automação e aumentar a escala para que este trabalho traga renda para as comunidades.

Neste sentido, foi realizada uma reunião com agentes dos governos locais, sindicato rural e produtores de equipamentos para processamento de frutos, na qual o pesquisador Mauricio Lopes apresentou os potenciais da macaúba e alternativas para alavancar a cadeia produtiva no semiárido brasileiro.

“Deste encontro alguns desdobramentos são esperados, como viabilização de fomento para a aquisição de máquinas para facilitar e melhorar a produtividade dos agricultores para a produção de óleos e outros produtos da macaúba, e a expansão da área cultivada para outras áreas de produtores além das que já foram instaladas com auxílio do projeto da Embrapa ora em execução”, disse Favaro.

Este curso encerra um ciclo de capacitações que envolveram a produção de mudas, cultivo, processamento e uso dos produtos da macaúba. Segundo a líder do projeto, os trabalhos desenvolvidos no semiárido com a macaúba tem atraído os olhares para o potencial de produção de óleos vegetais neste ambiente em consonância com a agricultura de baixo carbono em sistemas integrados. “O engajamento dos agricultores e extrativistas é fundamental neste processo”, concluiu Simone Favaro.

Márcia Cristina de Faria (MTb 24.056/SP)
Embrapa Agroenergia

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