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Pesquisador Wilson Veneziano recebe homenagem póstuma

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Foto: Embrapa

Embrapa - Pesquisador André Rostand Ramalho (à direita) recebe o título em homenagem a Wilson Veneziano

Pesquisador André Rostand Ramalho (à direita) recebe o título em homenagem a Wilson Veneziano

No início de julho, a Academia Maçônica de Letras de Rondônia (AML-RO) outorgou o título de Benfeitor em Pesquisas Cafeeiras a Wilson Veneziano, pesquisador da Embrapa Rondônia falecido em dezembro de 2020. A instituição reconheceu o trabalho de Veneziano que impactou no desenvolvimento da cafeicultura no Estado, colocando-o entre os principais produtores brasileiros do grão.

A iniciativa da homenagem foi do acadêmico Cláudio Luiz do Amaral Santini e o homenageado foi representado pelo pesquisador da Embrapa André Rostand Ramalho que atuou ao lado de Veneziano no estudo do café.

Veneziano lançou as bases para o café da Amazônia

Wilson Veneziano atuou na Embrapa Rondônia de 1976 a 2009 nas áreas de melhoramento genético e cultural dos cafés canéfora e arábica. Entre 1978 e 2008, liderou equipe multidisciplinar da Embrapa Rondônia em vários projetos de pesquisa em rede na Amazônia brasileira, financiados pelo Consórcio Brasileiro de Pesquisa Café (Concafé).

Em 1978, foi um dos precursores da pesquisa com cafés (arábica e robusta) consorciados com seringueira no então Território Federal de Rondônia. No início da década de 1980, em parceria com o Instituto Agronômico (IAC), publicou o primeiro trabalho da Amazônia brasileira sobre controle químico da ferrugem (Hemilea vastatrix Berk & BR.) do cafeeiro (C. arabica, L.) e seus efeitos na produção, nas condições de Rondônia. Nas décadas de 1990 e 2000, indicou oito cultivares de arabica (´Catuaí Vermelho`, ´Mundo Novo` e ´Catimor`) e sistemas de manejo e de produção para a cafeicultura da Amazônia Ocidental.

Em 1989, em outra parceria com o IAC, concluiu os estudos e lançou sete variedades seminais de ´Robusta` e ´Kouilou` (Conilon) para Rondônia. Com seu trabalho, ele lançou as bases genéticas para o incremento da produtividade, da qualidade dos grãos e, assim abriu o caminho para a melhoria da qualidade da bebida dos cafés rondonienses que atualmente denominamos de "Robustas Amazônicos".

Concluiu suas atividades de pesquisa agropecuária na Embrapa Rondônia, onde se aposentou em 2009, deixando vários legados tecnológicos, entre os quais a primeira cultivar de café denominada Conilon ‘BRS Ouro Preto’, lançada em 2012 para a Amazônia Ocidental brasileira.

Fabio Reynol (MTb 30.269/SP)
Embrapa Rondonia

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