Palestra mostra aplicação da inteligência territorial estratégica na agropecuária
Palestra mostra aplicação da inteligência territorial estratégica na agropecuária
Foto: Jefferson Eduardo / Acrimat
André Farias, analista da Embrapa Territorial, durante palestra no evento Pecuária em Pauta
O analista André Farias, da Embrapa Territorial, apresentou uma palestra sobre Inteligência Territorial Estratégica e Agropecuária Brasileira, durante o evento Pecuária em Pauta 2023, promovido pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), em 1º de julho, em Cuiabá, MT. Farias mostrou que a integração de diferentes informações em processos de análise com uma visão territorial permite extrair tendências e respostas, o que é especialmente importante para o mundo rural, dada a sua capacidade de mudar paisagens mais rapidamente do que outros setores da economia.
Para um público formado principalmente por jornalistas, ele mostrou como o Código Florestal determina a manutenção de espaços com vegetação nativa dentro das propriedades rurais, em áreas de preservação permanente e reserva legal. Esses espaços dentro dos imóveis foram delimitados pelos proprietários no Sistema Nacional do Cadastro Ambiental Rural (SiCAR). A Embrapa Territorial analisou esses dados com ferramentas de inteligência territorial estratégica para mensurar os compromissos assumidos pelos agricultores com a preservação da vegetação nativa. Em Mato Grosso, as terras destinadas a esse fim dentro das propriedades rurais somam 33,4 milhões de hectares, o equivalente a 43,2% do território estadual.
Outro exemplo da aplicação da inteligência territorial estratégica apresentado por Farias foi a análise da concentração espacial da bovinocultura. No Brasil, o efetivo do rebanho está principalmente nas regiões Centro-Oeste e Norte. “Quando analisamos os cenários dos próprios estados, observamos quadros regionais importantes: em Mato Grosso, a bovinocultura têm se concentrado nas bordas do estado, nas fronteiras com outros estados e com a Bolívia, áreas que a produção de grãos não ocupa, o que abre espaço e incentiva a pecuária”, observou.
O analista da Embrapa Territorial também falou sobre o projeto de mapeamento da degradação de pastagens por sensoriamento remoto. Mostrou, ainda, o trabalho de desenvolvimento de métodos para mensurar estoques e sequestro de Carbono, em curso no centro de pesquisa para as cadeias da citricultura e do café.
Vivian Chies (MTb 42.643/SP)
Embrapa Territorial
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