13/07/23 |

Agroenergia de Portas Abertas traz crianças para a UD

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

Foto: Lílian Matheus

Lílian Matheus -

A infância é o momento em que o indivíduo começa a desenvolver suas habilidades e seu conhecimento, com a curiosidade natural em saber o porquê das coisas e a possibilidade de absorver uma grande quantidade de informações. Nessa fase, ao entrar em contato com a ciência, a criança passa a observar seu entorno de uma maneira completamente nova, mudando sua percepção de mundo e melhorando seu desenvolvimento cognitivo. Pensando nisso, a Embrapa Agroenergia resolveu abrir as portas para os filhos, netos e sobrinhos dos empregados e colaboradores, em duas tardes de visitas guiadas na Unidade.

A primeira edição do “Agroenergia de Portas Abertas” foi realizada na última sexta-feira (7/7) e ontem (12/7) e levou 35 crianças, de 3 a 15 anos, para conhecerem os laboratórios da Unidade, a Área de Planta Piloto e a Casa de Vegetação.

“A ideia é compartilhar com nossos filhos, de forma lúdica, um pouco da pesquisa que a Unidade faz, um pouco do nosso trabalho”, disse a chefe-adjunta de Administração da Embrapa Agroenergia, Patrícia Kalil, que organizou o evento junto com os analistas de laboratório Felipe Carvalho, Larissa Andreani, Raquel Bombarda Campanha, Thaís Demarchi, Rosana Falcão e Bárbara Cunha.

As crianças foram recebidas no foyer da Unidade, ganharam jalecos e luvas para usarem nas atividades e foram levadas para fazer experimentos químicos no Laboratório de Química de Biomassas e Biocombustíveis (LQB) e no Laboratório de Genética e Biotecnologia Vegetal (LGBV). “São experimentos muito visuais”, contou Patrícia.

Laboratórios

No laboratório de Química de Biomassas e Biocombustíveis, as crianças puderam ver como o vinagre e o bicarbonato de sódio reagem reduzindo e aumentando a acidez da solução, conforme explica a analista Raquel Campanha.

“A ideia era mostrar de forma atrativa um experimento bem visual, por isso colocamos uma solução indicadora de pH na água que apresenta acidez na faixa de 5,5, que é bem a faixa de viragem desse indicador, que fica com um tom acinzentado. O vinagre é uma substância ácida que faz o indicador de pH mudar para a cor vermelha. Já o bicarbonato de sódio tem um caráter alcalino, ou seja, ele neutraliza a acidez do vinagre, provocando o aumento no pH da solução e consequentemente a mudança da cor vermelha para a cor verde”.

O pequeno Noah, de 8 anos, ficou encantado com os laboratórios. “Gostei muito do passeio, principalmente dos experimentos”, disse ele, que é filho do analista Wellington Rangel dos Santos.

Entre os experimentos apresentados estavam a “Água Furiosa”, que mostrou para as crianças o efeito da dissolução do oxigênio em uma solução. “A gente tinha uma solução de glicose e NaOH, ou seja, uma solução em meio básico, e o indicador azul de metileno. A glicose reage com o azul de metileno transformando-o em uma substância chamada leucometileno, que é incolor. Mas, quando a criança agitava bem essa solução, o oxigênio do ar se dissolvia na água, reagindo com o leucometileno e o convertendo em azul de metileno”, explicou a analista Larissa Andreani.

Quem também gostou da parte das experiências químicas foi Ísis, de 9 anos. “Gostei de tudo, mas principalmente dos experimentos”, disse ela, que é filha da analista Betúlia Souto.

Outro experimento foi a “Corrida do Iodo”, que apresentava duas soluções, uma de iodato de potássio e outra solução acidificada de amido com bissulfito de sódio, ambas incolores. O iodo, quando em contato com o amido, torna a mistura azul. Mas o bissulfito de sódio "protege" o amido porque ele converte o iodo em iodeto.

“Deixamos cada criança com a mesma solução de iodato de potássio, mas as misturas de amido e bissulfito tinham quantidades diferentes. Com isso, as soluções que tinham menos bissulfito ficavam azuis mais rapidamente, enquanto as que tinham mais recebiam uma proteção maior e demoravam mais para se transformar em azul”, conta o supervisor do Setor de Gestão de Laboratórios, Felipe Carvalho.

A estudante Isabela Domiciano Alves, 9 anos, filha do chefe-geral Alexandre Alonso, disse que gostou muito de fazer “experiências malucas e esquisitas”, como misturar líquidos para mudar de cor instantaneamente e depois chacoalhar para ficar azul. Para ela, “ser cientista é importante porque pode enviar mais sabedoria para o mundo, ter mais conhecimento da natureza, fazer descobertas novas, consertar coisas e ajudar a cuidar das plantas”.

No laboratório de Genética e Biotecnologia Vegetal, as crianças puderam fazer o experimento “Impressão Digital Microbiológica”, que mostrou como os microrganismos estão presentes em praticamente todos os ambientes e superfícies, inclusive nas nossas mãos.

“Lavar as mãos com água e sabão ou com etanol 70% reduz bastante a quantidade desses microrganismos, e a proposta é observar o efeito dessa lavagem”, explica a analista Thaís Demarchi, que complementa: “é esperado que apareçam mais colônias de microrganismos na placa identificada como ‘mão suja’ quando comparada com a placa identificada como ‘mão limpa’”.

Microscópios

Depois de passar pelos laboratórios, os convidados visitaram a sala de Microscopia, onde puderam ver formigas, grilo e lesmas, além de sementes, sob as lentes dos microscópios. Matheus, de 12 anos, filho da pesquisadora Simone Mendonça, gostou de conhecer a sala. “Foi muito interessante a visita, principalmente a parte do microscópio, quando vi diversos animais”, contou ele, animado.

O estudante Artur de Oliveira dos Santos, 7 anos, enteado da analista Priscila Sabaini, disse que foi a primeira vez que olhou em um microscópio. “Achei muito legal e nojento ver os bichos se mexerem no microscópio. Também gostei de plantar uma plantinha para levar para casa”.

Na sequência, os visitantes foram conhecer a Planta Piloto e, para finalizar o roteiro, seguiram para a Casa de Vegetação, onde plantaram mudas de canola, que puderam ser levadas como lembrança para casa.

“Eu e minha filha adoramos o evento. Ela já tinha vindo aqui antes, mas não para participar, entrar no laboratório. Deu para ver o rostinho feliz dela na hora de ver os animais no microscópio, na hora de plantar a sementinha. Adorei!”, afirmou a analista Betúlia.

Para Arthur Rosado Laviola, 11 anos, filho do chefe-adjunto de Pesquisa & Desenvolvimento, Bruno Laviola, a proposta do evento foi diferente porque permitiu às crianças participar dos experimentos.  “Geralmente, quando tem um evento desses, nós apenas vemos os experimentos, mas aqui eles trouxeram uma abordagem diferente, aqui nós fizemos os experimentos. Eu aprendi sobre os microrganismos, que nós vimos bastante, sobre as plantas e a biodiversidade, que nós olhamos no microscópio. Eu acho que o nome “Embrapa de Portas Abertas” pode realmente indicar um futuro para a próxima geração”, complementou o estudante, que chegou ao evento com medo de ficar entediado e saiu contando que ser cientista pode ser uma profissão legal.

No fim da programação, todos os convidados participaram de um lanche especial no foyer da Unidade. “Foi muito prazeroso ver o pessoal se divertindo e ver que tudo que a gente planejou funcionou. Isso traz muita satisfação”, concluiu o analista Felipe Carvalho, que guiou a visitação.

Essa iniciativa faz parte de uma série de atividades programadas ao longo de 2023 para comemorar os 50 anos da Embrapa, que visam proporcionar aos empregados momentos de aproximação e interação entre equipes. Outras programações incluíram visitas a ambientes de cultura e inovação e sorteio de ingressos de cinema.

Márcia Cristina de Faria (MTb 24.056/SP)
Embrapa Agroenergia

Contatos para a imprensa

Lilian Matheus
Embrapa Agroenergia

Contatos para a imprensa

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/