Em solenidade nesta quarta-feira (12) no Palácio do Planalto, os pesquisadores Silvio Crestana e Elíbio Rech, da Embrapa, receberam medalhas da Ordem Nacional do Mérito Científico das mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A cerimônia foi acompanhada pela presidente Silvia Massruhá. Lula ressaltou em seu discurso que a ciência e pesquisa são o “futuro do país e aliadas da vida e do desenvolvimento”. Ele defendeu o trabalho de instituições como a Embrapa, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Instituto Butantan, entre outras. “É neste momento histórico em que a ciência se faz mais necessária para o futuro do Brasil. O mundo todo vive uma encruzilhada histórica. Ao mesmo tempo em que precisamos combater a fome e a desigualdade, necessitamos repensar as formas de produção que o mundo vem adotando desde os tempos da revolução industrial. O planeta não aguenta mais a pressão ambiental, o desmatamento e a emissão desenfreada de carbono. E o futuro da humanidade só será garantido a partir de novas ideias, tecnologia e muito mais ciência”, frisou. De acordo com Silvio Crestana, ex-presidente da Embrapa, este é um momento importante de sua vida profissional. Para o pesquisador, a premiação é o resultado de um trabalho coletivo, por isso, ele dividiu a homenagem com todos que o ajudaram na carreira. “É um momento importante porque, além de olhar o reconhecimento do passado, a honraria significa um estímulo para olhar o futuro, ou seja, ter ânimo e energia, saúde e iluminação para poder fazer mais por este País, pela agricultura, pela ciência e pelo meio ambiente e o Brasil ajudar o mundo, como já tem feito”, disse. Já para o pesquisador Elíbio Rech, premiado com a medalha de Grã Cruz após ter recebido a comenda na década passada, “é uma honra, o reconhecimento de que a ciência no Brasil é fundamental e fabuloso ver o nome da Embrapa brilhando mais uma vez”. Lista de homenageados Além de Crestana e Rech, foram agraciados com a Ordem do Mérito Científico: Luiz Pinguelli Rosa (in memorian), professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Marco Americo Lucchesi, presidente da Fundação Biblioteca Nacional; Gonçalo Amarante Guimarães Pereira, professor titular da Universidade Estadual de Campinas; Stevens Kastrup Rehen, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Marcelo Marcos Morales, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Renato Sérgio Balão Cordeiro, professor titular da Fundação Oswaldo Cruz; Adele Schwartz Benzaken, diretora do Instituto Leônidas; Marcus Vinícius Guimarães de Lacerda, especialista em saúde pública do Instituto Leônidas; Maria Deane, Fundação Oswaldo Cruz; Maurício Lima Barreto, professor emérito da Universidade Federal da Bahia; Maria Teresa Fernandez Piedade, pesquisadora titular do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia; Maria Stela Grossi porto, in memoriam, professora emérita da Universidade de Brasília; Carlos Alfredo Joly, professor titular aposentado da Universidade Estadual de Campinas; Isaac Roitman, professor emérito da Universidade de Brasília e Ricardo Magnus Osório Galvão, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Entre as instituições homenageadas estão: Academia Brasileira de Letras; Academia Nacional de Medicina; Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e Museu Paraense Emílio Goeldi. Retomada do CCT Lula e a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, assinaram a retomada do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT). Órgão de assessoramento do presidente da República, o CCT é o principal fórum de debate com a comunidade científica, a sociedade e o setor produtivo sobre a Política Nacional de Ciência e Tecnologia. Assinatura de decreto da 5ª Conferência Nacional de CT&I Durante a cerimônia, também foi assinado o decreto que convoca a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Com isso, haverá ampla mobilização no País para etapas regionais e setoriais que culminarão com encontro nacional, previsto para ocorrer em Brasília, no primeiro semestre de 2024. “Quero enaltecer o papel estratégico da Conferência Nacional como espaço de participação social, de contribuição para as políticas de ciência e tecnologia e para o exercício e a consolidação da democracia nas organizações do nosso setor”, explicou a ministra.