Embrapa recebe jovens diplomatas de países amazônicos
Embrapa recebe jovens diplomatas de países amazônicos
A contribuição da ciência no desenvolvimento da agropecuária brasileira foi o principal tema da palestra promovida na manhã desta quinta-feira (3 de agosto), na sede da Embrapa, em Brasília, DF, para jovens diplomatas em formação, brasileiros e estrangeiros dos países membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). O grupo faz parte do I Curso sobre Diplomacia Amazônica, realizado pelo Instituto Rio Branco/Ministério das Relações Exteriores (MRE), em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Fundação Alexandre de Gusmão (Funag).
Durante cerca de uma hora, o chefe da Assessoria de Relações Internacionais (Arin), Marcelo Morandi, apresentou um panorama sobre a pesquisa da Embrapa, as demandas e principais desafios enfrentados nas últimas cinco décadas, que contribuíram com a transformação do Brasil em um dos mais importantes players mundiais na produção de alimentos, com base em uma plataforma ambientalmente sustentável. “Foi graças à tecnologia e à inovação tecnológicas que o País hoje é reconhecidamente referência mundial, por causa dos resultados obtidos na transformação agrícola no cinturão tropical do planeta, uma das regiões mais desafiadoras no que diz respeito às características de clima e solo para produção”, destacou.
Morandi abordou ainda a importância da tropicalização de espécies de plantas e animais, o desenvolvimento de sistemas de produção sustentáveis e as tecnologias de maior impacto, como plantio direto, fixação biológica de nitrogênio, que contribui com a redução do uso de fertilizantes, e a Integração Lavoura-Pecuária-Florestas. Apresentou o processo de estruturação de projetos, a partir de 34 portfólios temáticos, nos quais estão envolvidos os 43 centros de pesquisa da Empresa, e as atuais parcerias com os setores público e privado.
Sobre as cooperações internacionais, o chefe da Arin explicou como tem sido a atuação da Embrapa junto a instituições de pesquisa estrangeiras, e apresentou as mais representativas colaborações da ciência, como subsídio à formulação de políticas públicas, como o Plano ABC, que reúne ações de mitigação e adaptação às mudanças do clima para o setor agropecuário. “A Embrapa também tem trabalhado fortemente para apoiar pequenos produtores, para que tenham garantia de maior acesso às tecnologias”, comentou, referindo-se a iniciativas conjuntas com o
Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e com a extensão rural, a partir da restauração da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater).
Após a palestra na sede da Embrapa, o grupo seguiu para uma visita guiada aos laboratórios da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, onde conheceram as principais pesquisas em desenvolvimento na unidade. Na véspera, dia 2 de agosto, no Instituto Rio Branco, a diretora executiva de Negócios da Embrapa, Ana Euler, participou como painelista no curso, abordando temas relacionados à bioeconomia e ao manejo sustentável do bioma amazônico.
“Agradecemos muito a oportunidade e a colaboração da Embrapa no curso sobre diplomacia amazônica, que certamente enriqueceu muito com informações relevantes”, disse o primeiro secretário do Ministério das Relações Exteriores, Fernando Arruda, destacando a visita do grupo à Embrapa Amazônia Oriental, sediada em Belém, PA, antecedendo a Cúpula da Amazônia, nos dias 8 e 9, na capital paraense. O objetivo da visita e do curso é contribuir com a promoção do diálogo entre os países e a reflexão a respeito da diplomacia amazônica dinâmica e cooperativa, estruturada pela OTCA.
Kátia Marsicano (MTb DF 3645)
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