A Embrapa Amazônia Oriental (PA) recebeu na manhã desta terça-feira, dia 8, uma missão da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura – FAO. Liderada por Maria Helena Semedo, diretora-geral adjunta, a delegação da FAO conheceu a atuação da Embrapa na Amazônia e visitou áreas de campo com tecnologias e práticas desenvolvidas pela pesquisa. A missão integra a agenda da FAO durante a Cúpula da Amazônia, em Belém (PA). O grupo visitou a vitrine de tecnologias do Núcleo de Responsabilidade Socioambiental da Embrapa Amazônia Oriental onde estão plantios com culturas alimentares biofortificadas, pimenteira-do-reino no tutor vivo de gliricídia, além da criação de abelhas nativas da Amazônia e Sistemas Agroflorestais. Com nove centros de pesquisa na Amazônia Legal, mais de 300 pesquisadores e 220 soluções tecnologias voltadas a 50 cadeias produtivas da região, a Embrapa, segundo a diretora de Negócios Ana Euler, está pronta para responder aos desafios da descarbonização da atividade agropecuária e do potencial da sociobiodiversidade amazônica. “A Empresa foi responsável por uma revolução na agricultura tropical trazendo ciência para o aumento de produtividade e agora queremos fazer essa transformação olhando para a bioeconomia da sociobiodiversidade”, acrescentou. A diretora pontuou a agenda estratégica da Empresa que foca na transição alimentar, energética, climática e digital para a promoção da inclusão sócioprodutiva. “É preciso buscar arranjos governamentais, produtivos e fortalecer o trabalho em rede com a extensão rural para que as soluções cheguem aos produtores e produtoras da Amazônia”, afirmou. Tecnologias e práticas sustentáveis de produção com relevância para a agricultura familiar da região foram apresentadas pelo chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental (PA) Walkymário Lemos. “O centro de pesquisa atua no desenvolvimento de soluções para a apicultura e meliponicultura, produção de espécies frutíferas, Sistemas Agroflorestais, pecuária regenerativa, piscicultura, entre outros temas”, exemplificou Lemos. Ele ressaltou ainda a contribuição que o centro de pesquisa vem dando a políticas públicas para a restauração florestal no estado do Pará. De acordo com a diretora geral adjunta da FAO, a erradicação da fome e redução da pobreza aliadas à gestão sustentável dos recurso naturais são desafios cada vez mais complexos especialmente no cenário atual de mudanças climáticas e perda de biodiversidade. “Temos que transformar a produção dos nossos sistemas agroalimentares e isso significa mudar a forma como produzidos, como transformamos os alimentos e também a forma como consumimos. E para fazer essa transformação nós podemos ter as soluções da Embrapa”, afirmou a diretora. Veja o que disse a diretora-geral adjunta da FAO sobre a visita à Embrapa: Maria Helena Semedo destacou ainda que o papel da FAO é também conectar instituições e países, buscando cooperação e intercâmbio de soluções e tecnologias entre as nações. Nesse sentido, ela informou que está em discussão no âmbito do Governo Federal a criação de um centro internacional para a agricultura tropical, que vai fortalecer a parceria da Embrapa com a FAO. “Queremos levar as tecnologias da Embrapa para apoiar países da África e da América Central”, afirmou. A diretora de Negócios da Embrapa Ana Euler afirmou que a Empresa está pronta para expandir sua cooperação internacional. “A FAO abre caminho para que o Brasil possa influenciar políticas internacionais de redução da pobreza, inclusão produtiva, restauração ambiental e adaptação às mudanças climáticas” finalizou. Sob a liderança da diretora-geral adjunta Maria Helena Semedo, a delegação da FAO foi composta por Mário Lubetkin (diretor-geral adjunto e diretor para a América Latina), Kaveh Zahedi (diretor de Mudança do Clima, Biodiversidade e Meio Ambiente), Luis Miguel Aparicio (Gerente do Mecanismo de Florestas e Fazendas), Rafael Zavala (representante da FAO no Brasil), Jorge Meza (representante da FAO no Uruguai), Gustavo Chianca (representante adjunto da FAO no Brasil) e Amy Duchelle (oficial senior de Florestas em Roma). Da Embrapa participaram também a chefe-geral da Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) Edna Oliveira, os chefes adjuntos da Embrapa Amazônia Oriental (PA) Fábio Barbieri (Pesquisa e Desenvolvimento) e Bruno de Maria (Transferência de Tecnologia), Jane Simoni, pesquisadora da Assessoria de Relações Internacionais, além de equipes de pesquisa e de transferência de tecnologias do Centro de Pesquisa no Pará.