Estudantes do Ensino no Fundamental II da Escola Municipal Cecília Rodrigues Teixeira, localizada no povoado Angical, em Anaporus-MA, foram premiados com visita à Universidade Estadual do Maranhão – UEMA para conhecer experimento em parceria com a Embrapa Cocais. Eles foram vencedores de projeto de educação ambiental da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais – Abiove. A estudante de mestrado da UEMA Myrella Katlhen, que estuda o feijão-caupi - uma das principais culturas alimentares cultivadas por agricultores familiares - enriquecido com molibdênio, levou os estudantes para conhecer os experimentos dessa pesquisa. Segundo expliou aos estudantes, o uso de sementes enriquecidas com molibdênio aumenta a produtividade e reduz o uso de nitrogênio mineral nas lavouras. “A produção de sementes enriquecidas se dá de forma prática a partir da pulverização das folhas no campo de produção de sementes com solução contendo molibdênio”, completou. A pesquisadora e chefe de transferência de tecnologia, Guilhermina Cayres, falou sobre a atuação da Embrapa no Maranhão e destacou algumas das pesquisas atuais realizadas no estado. Heloisa Sabino, responsável pelo projeto Agroplus da Abiove, explicou que a iniciativa de educação ambiental foi da instituição. “Nosso trabalho é na fazenda, mas estamos extrapolando para além dessa fronteira. Em parceria com a Agência Alemã de Cooperação Internacional - GIZ estamos levando educação ambiental e sustentabilidade a escolas públicas. Concorreram mais duas escolas em Chapadinha e em Buritis. Fizemos palestra sobre solos e gestão de resíduos, queimada e erosão. Incentivamos grupos de 10 pessoas por escola a tirar do papel o projeto e praticá-lo na comunidade. Foi um sucesso. Os avaliadores foram professores da Universidade Federal do Maranhão – UFMA, campus Chapadinha e representantes da Abiove. Todos estão de parabéns!”. Para João Mateus, supervisor pedagógico da escola, foi trabalho de inovação voltado ao campo que vai ficar na memória afetiva deles. “Conhecer projeto da Embrapa e da UEMA e o experimento na Universidade com certeza marcará a vida dessas crianças e poderá influenciar para que se tornem futuros agrônomos, cientistas, acadêmicos da área”. A professora de Ciências, Edna Martins, disse que os incentivou e eles se empolgaram muito. “A maioria dos alunos são de comunidades quilombolas e prepararam o projeto com base na realidade e vivência deles”. As estudantes Myrella Araújo e Agata Daniele estavam muito felizes com a oportunidade de conhecer o trabalho da UEMA e da Embrapa. “Eu fiquei muito feliz em perceber que parte do que estudamos para o nosso projeto de educação ambiental pude verificar nos experimentos visitados, disse Agata”. Para Kemylle Santos, foi uma grande oportunidade: “Essa é mais uma porta que se abre para o nosso futuro, com mais conhecimento e poder de escolha”.