18/08/23 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Francisco Vidal: ciência e inovação em diversas áreas

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Foto: Gean Rocha (estagiário)

Gean Rocha (estagiário) - Colegas de trabalho fizeram uma homenagem ao pesquisador em seu último dia de trabalho

Colegas de trabalho fizeram uma homenagem ao pesquisador em seu último dia de trabalho

Cientista de notáveis contribuições, o pesquisador Francisco das Chagas Vidal Neto, também conhecido pelos colegas como doutor Vidal, despediu-se esta semana dos colegas da Embrapa Agroindústria Tropical. O engenheiro agrônomo, mestre e doutor em Fitotecnia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), atuou na Embrapa por 21 anos. Sua trajetória como pesquisador iniciou-se em 1982, quando por recomendação de seu orientador de mestrado passou a desenvolver trabalhos voltados à cultura do algodão na extinta Empresa de Pesquisa Agropecuária do Ceará (Epace).
Na Embrapa, seu ingresso remonta ao ano de 2002, quando ainda no doutorado começou suas pesquisas no Campo Experimental de Barbalha, da Embrapa Algodão (Campina Grande-PB). Em 2008, participou do lançamento da cultivar de algodoeiro BRS 286.
“Trabalhar nessa estação foi um aprendizado muito grande. A cultura do algodão é intensiva, pois a cada quatro ou cinco meses fazíamos um novo plantio. Pra mim isso era muito bom”, comenta o pesquisador sobre sua experiência ao longo dos seis anos que atuou no Campo Experimental.
O pesquisador chegou à Embrapa Agroindústria Tropical em setembro de 2008. Nos primeiros meses realizou atividades compartilhadas entre as Unidades, a fim de garantir que o trabalho deixado por ele na sua casa anterior continuasse a ser executado e aprimorado por seus colegas. “Quando cheguei à Unidade fiz uma apresentação para o CTI apresentando o que eu fazia na Embrapa Algodão e quais eram as minhas idéias para desenvolver novas pesquisas voltadas ao melhoramento genético, mas com as culturas trabalhadas aqui”, destaca.

Papel de destaque na cajucultura

Em 2010, Francisco Vidal passou a atuar na cajucultura em um momento de transição. “Tudo estava mudando. Tínhamos de renovar o projeto e fazer essa organização da melhor forma. Queríamos a maior participação do produtor. Tínhamos a ideia de mudar o estilo do projeto, para levá-lo a mais áreas e produtores. As pessoas que atuaram anteriormente com o melhoramento de caju deixaram muita coisa, só precisávamos ampliar”. Os esforços puderam ser reconhecidos a partir dos resultados obtidos nas pesquisas. Na cajucultura, o lançamento dos clones de cajueiro-anão ilustra isso. Em 2022, por exemplo, o pesquisador participou da equipe responsável pelo lançamento do BRS 555, clone de cajueiro-anão adaptado para as regiões serranas do semiárido e que apresentou excelentes resultados de produtividade. 
Vidal destaca que a interação social e a criação de vínculos também são frutos cultivados ao longo de sua trajetória na Embrapa. Prova disso é a forma como os colegas de trabalho o reconhecem, tanto na área profissional quanto pessoal. 
Luiz Serrano, pesquisador da Unidade, rememora sua primeira experiência com o colega, no ano de 2010: “O Dr. Vidal já me recebeu no primeiro dia de Embrapa, me dando carona para casa nessa imensa Fortaleza. Com apenas sete dias de Embrapa fizemos a nossa primeira viagem, para o Piauí. Dali em diante, foram 12 anos seguidos de viagens, rompendo estradas em todo o sertão do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Maranhão. Plantamos inúmeros pomares de cajueiro, visitamos centenas de produtores rurais, preenchemos dezenas de planilhas, avaliamos milhares de plantas”.
Serrano destaca, ainda, o aprendizado deixado por cada experiência vivida ao lado do colega Vidal: “Ao acompanhá-lo, praticamente decorei os clones de cajueiro-anão da Embrapa, da semente até a planta adulta em produção. Só tenho a agradecer a imensa aprendizagem que tive com esse grande amigo, desejando-lhe um merecido descanso na recém aposentadoria”.
Com 15 anos de uma história de sucesso na Embrapa Agroindústria Tropical, Francisco Vidal debuta um novo capítulo de sua jornada. Para ele, sua saída representa a transformação do seu pessoal e a possibilidade de renovação do trabalho feito na Embrapa ao longo desse período.

Ricardo Moura (DRT 1618 JPCE)
Embrapa Agroindústria Tropical

Contatos para a imprensa

Lindemberg Bernardo (estagiário de jornalismo)
Embrapa Agroindústria Tropical

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